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Alemanha lamenta realização de referendo curdo por instabilidade

Em comunicado, o ministro alemão de Relações Exteriores pediu a todas as partes que evitem "passos unilaterais em direção à independência"

Referendo: o ministro sublinhou que a consulta aconteceu apesar da recomendação contrária da comunidade internacional (Ahmed Jadallah/Reuters)

Referendo: o ministro sublinhou que a consulta aconteceu apesar da recomendação contrária da comunidade internacional (Ahmed Jadallah/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de setembro de 2017 às 11h19.

Berlim - O ministro alemão de Relações Exteriores, Sigmar Gabriel, lamentou nesta terça-feira a realização de um referendo a favor da independência do Curdistão e mostrou sua "grande preocupação" por este passo, que contribui para a instabilidade na região.

Em um comunicado, Gabriel sublinhou que a consulta aconteceu apesar da recomendação contrária da comunidade internacional, mas reconheceu que para "muitas curdas e curdos era importante participar desta votação".

"Este passo pode piorar ainda mais a instável situação regional", apontou o ministro, que pediu a todas as partes que evitem "qualquer tipo de escalada de violência", bem como "de passos unilaterais em direção para a independência".

A seu julgamento, "a luta conjunta contra o Estado Islâmico (EI) no marco da coalizão internacional deve continuar sendo a principal prioridade" e o referendo pode pôr os últimos "avanços" neste âmbito em perigo.

A consulta "segue sem ter efeitos vinculativos", destacou Gabriel, que disse também que a delimitação do território afetado pela mesma é "controversa".

O chefe da diplomacia alemã pediu "diálogo" para solucionar as "questões abertas" entre Bagdá, a capital iraquiana, e Erbil, a capital do Curdistão, e disse acreditar na cooperação dos países vizinhos.

O Curdistão iraquiano, concluiu Gabriel, "faria bem em refazer a sua legitimidade através das urnas em 1 de novembro tal e como anunciou", em referência às eleições ao parlamento regional curdo.

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