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Alemanha já recebeu 450 mil refugiados dos 800 mil previstos

Só nos primeiros oito dias de setembro, a Alemanha recebeu 37 mil pedidos de asilo, enquanto no mês anterior foram recebidos 105 mil


	Menina entre refugiados que chegaram a estação na Alemanha: ministro da Economia disse ser necessário estabelecer vias de acesso legais à Europa e criar alternativas às redes de traficantes
 (Reuters / Lukas Barth)

Menina entre refugiados que chegaram a estação na Alemanha: ministro da Economia disse ser necessário estabelecer vias de acesso legais à Europa e criar alternativas às redes de traficantes (Reuters / Lukas Barth)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2015 às 08h35.

O vice-chanceler e ministro da Economia alemão, Sigmar Gabriel, anunciou hoje que o país já recebeu, neste ano, 450 mil refugiados, dos 800 mil previstos em 2015.

O ministro acrescentou que, só nos primeiros oito dias de setembro, a Alemanha recebeu 37 mil pedidos de asilo, enquanto no mês anterior foram recebidos 105 mil.

Em discurso no Bundestag (parlamento federal) durante debate do Orçamento do Estado para 2016, o ministro sublinhou que "a migração não pode ser proibida, nem evitada", sendo por isso necessário estabelecer vias de acesso legais à Europa e criar alternativas às redes de traficantes.

"Por isso recomendo avançar com urgência, também na Alemanha, em uma lei de imigração", disse.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que adiou o debate sobre a lei de imigração para que seja possível discutir o tema com maior objetividade.

Sigmar Gabriel garantiu que a Alemanha pode responder à crise dos refugiados sem prejudicar os cidadãos, nem aumentar impostos, porque o Governo manteve sua política econômica e financeira e não contraiu novas dívidas.

"Isto vale a pena", afirmou o ministro, acrescentando que a economia alemã continua a registar um crescimento consolidado.

Gabriel pediu aos empresários, sindicatos e representantes políticos que lancem um plano de formação para refugiados em resposta a uma dos principais problemas da economia alemã: a falta de mão-de-obra qualificada.

O ministro advertiu que o deficit de mão-de-obra, de até seis milhões de pessoas, é uma ameaça não só para as empresas, como também para o bem-estar de toda a sociedade.

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