Mundo

Alemanha gastará 15 bi de euros com refugiados até 2016

Institutos econômicos do país estimam que a chegada de pedidos de asilo à Alemanha terá custo de 4 bilhões de euros este ano e de 11 bilhões em 2016


	Refugiados: os 11 bilhões de euros destinados a refugiados no próximo ano equivalem a 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha
 (Reuters)

Refugiados: os 11 bilhões de euros destinados a refugiados no próximo ano equivalem a 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2015 às 10h26.

A Alemanha gastará 15 bilhões de euros, este ano e no próximo, para tratar dos refugiados, segundo informações divulgadas hoje (8) pelos principais institutos econômicos do país.

Os representantes desses institutos abordaram as implicações econômicas para a Alemanha da crise dos refugiados, ao apresentar, em entrevista em Berlim, o Diagnóstico Conjunto de outono.

Eles estimam que a chegada, em grande número, de pedidos de asilo à Alemanha – estimados em 900 mil em 2015, diante dos 800 mil previstos pelo governo – terá custo de 4 bilhões de euros este ano e de 11 bilhões em 2016.

Essa despesa, principalmente o gasto público – em alojamento e alimentação, por exemplo – e o consumo direto – transferências para os refugiados - “funciona como um programa de impulso” econômico do governo, disse Ferdinand Fichtner, do Instituto Alemão para a Investigação Econômica.

Os 11 bilhões de euros destinados a refugiados no próximo ano equivalem a 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha, disse Fichtner.

Oliver Höltenmüller, do Instituto Leibniz para a Investigação Econômica de Halle, destacou que, sem dúvida, a Alemanha tem “força econômica” para enfrentar a crise dos refugiados, considerando que “é uma questão de vontade política, não de capacidade financeira.

Para que o processo tenha sucesso em termos econômicos, a integração dos refugiados no mercado de trabalho é o mais importante, disse Roland Döhrm, do Instituto de Renania-Westfalia para a Investigação Econômica.

Os economistas apostam em cursos de línguas, formação profissional e reconhecimento de qualificações, bem como a simplificação dos processos burocráticos, para facilitar a empregabilidade dos refugiados.

O documento mostra como a integração dos refugiados no mercado de trabalho pode reverter o envelhecimento da sociedade alemã e evitar possíveis desequilíbrios nas finanças públicas, devido ao aumento do custo total das pensões.

De acordo com o Diagnóstico Conjunto, a taxa de desemprego ficará este ano em 6,4% e crescerá ligeiramente em 2016 para 6,5%, enquanto o crescimento da maior economia europeia será em 2015 de 1,8%.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaCrises em empresasEuropaPaíses ricosRefugiados

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições