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Alemanha exagerou percentual de passaportes sírios falsos

A Alemanha aplica uma política de portas abertas para os sírios que fogem da guerra em seu país e oferece uma permissão de residência de três anos


	Documento após registro: de acordo com o ministro, o dado era baseado em estimativas de pessoas que trabalhavam nas fronteiras
 (Reuters / Fabrizio Bensch)

Documento após registro: de acordo com o ministro, o dado era baseado em estimativas de pessoas que trabalhavam nas fronteiras (Reuters / Fabrizio Bensch)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 10h10.

O percentual de migrantes que entraram na Alemanha com passaportes sírios falsos é muito inferior aos 30% anunciados pelo ministro do Interior em setembro, admitiu o governo.

A Alemanha aplica uma política de portas abertas para os sírios que fogem da guerra em seu país e oferece uma permissão de residência de três anos, além de facilidades para reunir a família.

Esta política provocou questionamentos entre os conservadores que apoiam a chanceler Angela Merkel.

A preocupação aumentou em setembro, quando o ministro do Interior, Thomas de Maiziere, disse que até 30% dos imigrantes, na realidade de outra nacionalidade, estavam entrando na Alemanha com passaportes sírios falsos para gozar destas vantagens.

De acordo com o ministro, o dado era baseado em estimativas de pessoas que trabalhavam nas fronteiras.

Em uma resposta escrita ao partido de esquerda Die Linke, no entanto, e recebida na segunda-feira à noite pela AFP, o governo destacou que apenas 8% dos 6.822 passaportes sírios examinados entre janeiro e outubro eram falsos.

Uma deputada do Die Linke, Ulla Jelpke, criticou o ministro.

"Ao invés de olhar uma bola de cristal, o ministro deveria preferir os fatos e a realidade".

A Alemanha é o principal destino dos refugiados, que em sua grande maioria viajam por mar da Turquia para a Grécia e de lá atravessam os Bálcãs. O país europeu espera para este ano a chegada de mais de um milhão de imigrantes.

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