Mundo

Alemanha enviará 1ª remessa de armas a curdos semana que vem

Primeiro envio de armas alemãs aos combatentes curdos, para ajudá-los na luta contra o Estado Islâmico, chegará ao Iraque na próxima semana


	Combatentes curdos: Alemanha enviará 600 toneladas de armamento
 (Karim Sahib/AFP)

Combatentes curdos: Alemanha enviará 600 toneladas de armamento (Karim Sahib/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 13h55.

Berlim - O primeiro envio de armas alemãs aos combatentes curdos chegará ao Iraque na próxima semana e marcará a entrega da primeira remessa de 600 toneladas da contribuição de Berlim no combate contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Segundo informou nesta segunda-feira o porta-voz do Ministério da Defesa alemão, Ingo Gerhartz, o envio inicial deverá ocorrer na quarta-feira da próxima semana devido a questões logísticas.

Esse primeiro lance contém quatro mil fuzis de assalto G3, quatro mil pistolas P1, 20 mísseis antitanque MILAN, 120 lança-foguetes antitanque, 50 pistolas de fogos de artifício e 20 metralhadoras MG3, segundo uma nota divulgada pelo Bundeswehr, as Forças Armadas da Alemanha.

Além disso, a contribuição da Alemanha para as forças curdas inclui cozinhas e tendas de campanha, óculos de proteção e caminhões". O governo programou a contribuição armamentista para os curdos no Iraque em três lances.

O envio da primeira remessa foi anunciado no momento em que o governo alemão já se posiciona para ampliar sua participação, segundo a imprensa local, e de forma paralela ao início de uma reunião em Paris para coordenar o esforço internacional na luta contra o EI.

O envio de armas e munição às tropas curdas foi aprovado pelo governo há pouco mais de duas semanas, uma decisão que rompeu com a política defendida até então por Berlim de não autorizar provisões militares a regiões em conflito.

Tanto a chanceler Angela Merkel como o ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, expressaram o compromisso com a aliança internacional contra o jihadismo do EI apoiada pelos Estados Unidos, embora descartem uma participação alemã em missões de combate.

Sexta-feira, o ministro do Interior, Thomas de Maizière, proibiu com efeitos imediatos todas as atividades do EI no país, o que inclui a exibição de seus símbolos e distintivos, coleta de fundos para a organização jihadista ou o proselitismo pela internet.

A decisão foi adotada após comprovar que o grupo também faz propaganda em alemão e devido à radicalização de setores islamitas dentro do país.

De Maizière lembrou, ao anunciar a proibição, que 400 pessoas saíram do país para lutar na Síria e no Iraque e que mais de 40 morreram, uma delas em atentado suicida.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaEstado IslâmicoEuropaIraqueIslamismoPaíses ricos

Mais de Mundo

Argentina aposta em 11 mercados de Américas e Europa para atrair turistas estrangeiros

Mudanças de Milei no câmbio geram onda de calotes de empresas na Argentina

Governo Trump diz que situação dos direitos humanos no Brasil 'se deteriorou'

Xi Jinping e Lula discutem cooperação econômica em telefonema oficial