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Alemanha e Áustria pedem integração na UE perante Brexit e Trump

Segundo o ministro alemão das Relações Exteriores, o conceito de uma integração total no bloco comunitário "atingiu claramente seus limites"

Encontro: "A Europa tem que mudar", disse o ministro (Heinz-Peter Bader/Reuters)

Encontro: "A Europa tem que mudar", disse o ministro (Heinz-Peter Bader/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 13h59.

Viena - Os governos da Áustria e da Alemanha defenderam nesta segunda-feira mudanças na União Europeia (UE) ressaltaram a necessidade de integração no bloco para fazer frente à nova situação criada com o Brexit e com o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"A Europa tem que mudar", disse em entrevista coletiva o ministro alemão das Relações Exteriores, Sigmar Gabriel, que se reuniu em Viena com seu homólogo austríaco, Sebastian Kurz, e com o chanceler da Áustria, Christian Kern.

Embora não tenha especificado o que deve mudar na UE, Gabriel advertiu que o conceito de uma integração total no bloco comunitário "atingiu claramente seus limites".

O alemão lembrou que os cidadãos esperam uma maior integração em certos aspectos, sobretudo para ter uma política externa, de defesa e de segurança interior comum.

Gabriel defendeu, além disso, uma economia de mercado social e não apenas um mercado comum na Europa, "onde cada um compete com o outro" e onde "cada padeiro tem que pagar mais impostos" do que muitos grandes consórcios internacionais.

Kern, por sua vez, advogou por uma fase de "apoio mútuo" perante um novo governo americano interessado em uma União Europeia frágil, afirmou o político em comunicado.

"O que o momento exige é que os interesses da Europa sejam representados de forma consequente e forte. Isso só funciona com solidariedade dentro da UE", indicou o chefe do governo austríaco.

Já Kurz considerou que "a situação nos Estados Unidos" e "o voto pelo 'Brexit' trazem fortes mudanças à Europa".

"Creio que vivemos um tempo de grande transformação e que devemos vê-lo como uma oportunidade", indicou o ministro.

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