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Alemanha descarta fundo de resgate maior na Europa

A revista alemã Der Spiegel noticiou em seu site que o FMI recomendará aos ministros de Finanças da União Europeia o aumento do programa de resgate financeiro

Alemanha não vê necessidade em aumentar rede de segurança financeira na UE (Peter Muhly/AFP)

Alemanha não vê necessidade em aumentar rede de segurança financeira na UE (Peter Muhly/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 10h06.

Frankfurt - A Alemanha não vê "absolutamente qualquer necessidade" de aumento no tamanho da atual rede de segurança financeira para países europeus debilitados, afirmou Christoph Steegmans, porta-voz do governo alemão.

Apenas uma pequena parte do fundo de resgate, a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), está em uso atualmente, disse Steegmans. Segundo ele, a Alemanha apoia totalmente o euro e sua estabilidade.

Uma reunião de ministros de Finanças da zona do euro hoje e uma de ministros da União Europeia amanhã "darão um sinal comum para mais estabilidade e confiança", segundo o porta-voz. "Se o euro fracassar, a Europa também vai fracassar. Essa é a posição de todo o governo alemão", disse. A zona do euro reúne os 16 países que utilizam o euro como moeda.

Mais cedo, a revista alemã Der Spiegel afirmou em seu site que o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, vai recomendar que os ministros de Finanças da União Europeia aumentem o tamanho do programa de resgate financeiro. Steegmans também afirmou que o governo alemão rejeita a ideia de criar bônus comuns para a zona do euro em termos econômicos e jurídicos, já que tal dívida exigiria mudanças amplas nos tratados da União Europeia.

A criação de bônus da zona do euro poderia ainda acabar com os esforços de responsabilidade fiscal, de acordo com Martin Kreienbaum, porta-voz do Ministério de Finanças da Alemanha. "O euro está estabelecido de forma que os países são responsáveis por políticas orçamentárias e financeiras em nível nacional. Um bônus europeu desviaria a atenção disso", disse. As informações são da Dow Jones.

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