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Alemanha decide enviar armas aos curdos para frear jihadismo

O governo alemão anunciou que irá enviar material militar ao Iraque para ajudar as forças de segurança curdas no combate ao Estado Islâmico

Soldados de tropas curdas participam de operação contra o Estado Islâmico (Azad Lashkari/Reuters)

Soldados de tropas curdas participam de operação contra o Estado Islâmico (Azad Lashkari/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 09h46.

Berlim - O governo da Alemanha anunciou nesta quarta-feira que irá enviar material militar ao Iraque para ajudar as forças de segurança curdas a combater o avanço do terrorismo da organização jihadista Estado Islâmico (EI).

O ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, e a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, anunciaram em entrevista coletiva que "nos próximos dias" começarão a enviar equipamentos como coletes a prova de balas, capacetes, óculos de visão noturna e detectores de explosivos e que, dependendo da evolução no terreno, também mandarão armas.

A ajuda humanitária que a Alemanha começou a enviar ao norte do Iraque na semana passada "é importante, mas não é suficiente", disse Steinmeier.

O ministro acrescentou que a decisão, tomada durante uma reunião realizada nesta manhã entre ele, Von der Leyen e a chanceler, Angela Merkel, prevê em uma segunda fase o envio de armamento.

A Alemanha e a Europa não podem ser "indiferentes" ao "inimaginável sofrimento" dos refugiados no norte do Iraque, que fugiram de seus lares diante do "brutal" avanço de EI, argumentou Steinmeier.

Segundo sua opinião, não ajudar a interromper os terroristas sunitas poderia provocar sua expansão incontrolável pelo Oriente Médio, o que desestabilizaria a região totalmente e teria grandes repercussões para a Europa e Alemanha.

"O Estado Islâmico deve ser detido. Não devemos perder tempo", disse Von der Leyen.

O governo alemão tinha mostrado até o momento reticente a ajudar o Iraque com material militar e enviava apenas ajuda humanitária, mas a posição do Executivo mudou por causa da visita do ministro das Relações Exteriores ao país árabe.

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