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Alemanha crescerá em 2013, mas menos do que o previsto

A expectativa de crescimento da maior economia europeia neste ano foi rebaixada para 0,8% em função da crise da zona do euro


	Bandeira da Alemanha: já a inflação alemã ficará em 1,7% neste ano e em 2% em 2014, de acordo com os objetivos a longo prazo do BCE
 (Sean Gallup/Getty Images)

Bandeira da Alemanha: já a inflação alemã ficará em 1,7% neste ano e em 2% em 2014, de acordo com os objetivos a longo prazo do BCE (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2013 às 11h03.

Berlim - Os principais institutos econômicos da Alemanha, Suíça e Áustria rebaixaram nesta quinta-feira a expectativa de crescimento da maior economia europeia neste ano para 0,8% (contra o 1% calculado anteriormente) em função da crise da zona do euro.

Segundo um documento das instituições, o conjunto da eurozona se contrairá 0,4% em 2013, freada pelo países em crise, para os quais se espera uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5%.

O relatório, apresentado em Berlim, reconhece que a situação nos mercados financeiros "relaxou" após "a queda da incerteza sobre o futuro" da eurozona, graças principalmente à determinação de atuar do Banco Central Europeu (BC), embora adverte que ainda persistem "os riscos de baixa".

Segundo o documento, é possível um aumento da crise do euro devido a um novo resgate, falta de progressos nos programas de reformas dos países que pediram ajuda ou pelo bloqueio do processo de integração fiscal e bancário na eurozona.

"A união bancária europeia é um elemento importante", disse na apresentação Oliver Holtenmoller, economista do Instituto de Pesquisa Econômica de Halle (IWH).

Sobre a Alemanha, o relatório aponta que "as expectativas de empresas e consumidores melhoraram desde o segundo semestre do ano", mas destaca que a situação macroeconômica no resto das economias avançadas -especialmente da eurozona- prejudica a evolução do país.

O documento dos institutos prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) alemão avançará 1,9% em 2014, estimulada por uma possível recuperação econômica global.


Já a inflação alemã ficará em 1,7% neste ano e em 2% em 2014, de acordo com os objetivos a longo prazo do BCE. As contas públicas do país alcançariam em 2013 "déficit zero", como prevê o Executivo alemão, e fechariam 2014 com um superávit de 0,5%, segundo os analistas, que advertiram sobre problemas de sustentabilidade a longo prazo devido ao envelhecimento do país.

Segundo os cálculos, a taxa de desemprego da Alemanha descerá ligeiramente neste ano, de 6,8% para 6,7%, e se reduzirá até 6,4% em 2014, melhor registro desde a reunificação alemã.

O relatório é mais otimista que o último feito pelo próprio governo alemão, que há algumas semanas previu um avanço do PIB de 0,4% para este ano.

Os institutos econômicos, em linha com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia, consideram que a economia espanhola se contrairá 1,5% neste ano e que permanecerá estagnada em 2014.

Além disso, preveem que a taxa de desemprego espanhola seguirá subindo, para fechar o ano em 26,8% e 2014 em 27,2%.

"No conjunto do ano (2013) a Espanha vai a permanecer em recessão. Só no ano que vem se pode começar a contar com taxas de crescimento positivas (na comparativa trimestral)", apontou o documento.

Segundo os cálculos, oito economias da eurozona (França, Itália, Espanha, Holanda, Grécia, Portugal, Eslovênia e Chipre) se contrairão, enquanto nove avançarão.

Dos países que receberam resgates europeus, as previsões destacam que a Grécia se contrairá 4,5% neste ano e 1,0% no ano que vem, e o Chipre cairá 9% em 2013 e 3% no próximo ano. 

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