Mundo

Com hospitais perto do colapso, Alemanha define mais restrições

Apesar de uma tímida melhora, a situação ainda é considerada alarmante na Alemanha

Novas restrições para conter a covid na Alemanha devem ser anunciadas nesta quinta-feira, 2 (Sean Gallup / Equipe/Getty Images)

Novas restrições para conter a covid na Alemanha devem ser anunciadas nesta quinta-feira, 2 (Sean Gallup / Equipe/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 10h57.

Última atualização em 2 de dezembro de 2021 às 11h10.

A Alemanha decide nesta quinta-feira, 2, restrições adicionais contra a virulenta quarta onda de coronavírus, incluindo o fechamento de bares e outros locais públicos, antes de examinar uma proposta de vacinação obrigatória.

Após uma primeira sessão de negociações na terça-feira, a chanceler Angela Merkel, seu sucessor Olaf Scholz e os dirigentes das 16 regiões do país se reúnem novamente nesta quinta-feira para definir o arsenal de medidas.

Apesar de uma tímida melhora, a situação ainda é considerada alarmante no país, com dezenas de milhares de contágios diários e vários hospitais próximos do colapso.

  • Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no Mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.

O contexto é complicado pelo atual período de transição na Alemanha, entre a saída de Angela Merkel, que fará um discurso de despedida nesta quinta-feira, e a posse de Scholz, que deve ser eleito pelo Parlamento na próxima semana.

A reunião e as restrições estimuladas pela nova coalizão de governo devem mostrar, segundo o futuro chanceler Scholz, que "não há um vazio de poder, como alguns citam neste momento".

O ponto mais delicado da nova ofensiva contra a covid é a vacinação obrigatória, que pode ser decidida a partir de fevereiro ou março.

O social-democrata Scholz surpreendeu ao defender a medida radical, já aprovada na Áustria e que é objeto de debate na União Europeia.

Até o final do ano ele deve apresentar um projeto de lei ao Parlamento.

A opinião pública mudou consideravelmente sobre a questão. Há alguns meses, dois terços dos alemães eram contrários às vacinas obrigatórias, mas agora 64% são favoráveis, segundo uma pesquisa da RTL e ntv.

A medida tem o apoio dos dois sócios de coalizão dos social-democratas (os Verdes e os Liberais, habitualmente contrários à interferência nas liberdades), assim como dos conservadores de Angela Merkel.

Apenas o partido de extrema-direita AfD iniciou uma campanha contra a vacina obrigatória.

Como a política internacional impacta seu bolso e como sair ganhando? Descubra com um curso exclusivo da EXAME.

Veja também

  • EUA vai exigir teste negativo de covid de até um dia para entrar no país
  • Portugal entra em estado de calamidade mesmo sendo campeão em vacinação
  • Brasileiros criam máscara que mata variante Delta e faturam R$ 30 milhões

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaCoronavírusVacinas

Mais de Mundo

Mais de 50 mortos após explosão em mina de carvão no Irã

'A China está nos testando', diz Biden a aliados do Quad

Israelenses se refugiam após bombardeios do Líbano e ONU alerta para 'catástrofe'

Ranking lista países mais seguros do mundo em caso de guerra global; veja lista