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Alemanha afirma ter exportado produtos químicos à Síria

O governo alemão exportou até 360 toneladas de produtos químicos à Síria entre 1998 e 2011, informaram fontes do Ministério da Economia


	Homem afetado por suposto ataque químico na Síria: volume divulgado hoje é aproximadamente três vezes maior ao que era conhecido até agora
 (Fadi al-Dirani/Shaam News Network/Handout via Reuters)

Homem afetado por suposto ataque químico na Síria: volume divulgado hoje é aproximadamente três vezes maior ao que era conhecido até agora (Fadi al-Dirani/Shaam News Network/Handout via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 13h37.

Berlim - O governo alemão exportou até 360 toneladas de produtos químicos à Síria entre 1998 e 2011, informaram nesta segunda-feira fontes do Ministério da Economia, uma afirmação que contraria a informação divulgada nas últimas semanas, na qual as provisões teriam ocorrido apenas até o ano de 2006.

As exportações de produtos alemães eram suscetíveis de ser utilizadas com fins militares, embora fontes do ministério citado tenham afirmado "não ter dúvida" de que os mesmos eram destinados somente para fins civis.

De acordo com essas fontes, as provisões foram interrompidas após o início do conflito armado na Síria.

O volume divulgado hoje é aproximadamente três vezes maior ao que era conhecido até agora e, além disso, foi autorizado pelo atual governo de centro-direita da chanceler Angela Merkel.

Duas semanas atrás, o Ministério da Economia alemão informou que houve exportações de produtos químicos a esse país, mas somente até 2006, e com um volume de 134 toneladas.

O destino desses produtos, segundo o ministério citado, era a produção de substâncias para serem usadas na depuração de água potável, em joalheria e, inclusive, cremes dentais.

Na ocasião, a chanceler alemã assegurou que não havia indício algum que confirmasse que o regime de Bashar al-Assad usou produtos alemães para fabricar seu arsenal químico.

Os primeiros números, divulgados em resposta a uma consulta da Esquerda, confirmavam as exportações durante o último ano de governo do chanceler social-democrata Gerhard Schröder (2002-2005), assim como no primeiro de Merkel (2005-2009).

No entanto, as informações apresentadas agora citam que também houve provisões durante o atual mandato, todas autorizadas pelo governo de centro-direita.

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