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Alemanha adota restrições mais duras para conter a covid-19

As novas regras limitam, pela primeira vez, viagens não essenciais para moradores de áreas afetadas por toda a Alemanha

 (Andreas Gora/Getty Images)

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André Martins

Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 15h56.

Última atualização em 5 de janeiro de 2021 às 16h14.

A Alemanha está prorrogando seu lockdown nacional até o fim do mês e introduzindo restrições mais duras em um esforço para conter o surto de infecções por coronavírus, anunciou a chanceler Angela Merkel nesta terça-feira.

"Precisamos restringir o contato de forma mais rigorosa... Pedimos a todos os cidadãos que restrinjam o contato ao mínimo absoluto", disse Merkel a repórteres após uma reunião com os líderes dos 16 estados da Alemanha.

As novas regras limitam, pela primeira vez, viagens não essenciais para moradores de áreas afetadas por toda a Alemanha.

Elas restringem o movimento a um raio de 15 quilômetros em cidades e distritos onde o número de novos casos de coronavírus é superior a 200 por 100.000 residentes em sete dias.

Membros de qualquer família terão permissão para encontrar apenas uma outra pessoa em público. Isso se compara à regra atual segundo a qual as reuniões públicas são limitadas a cinco pessoas de duas famílias.

Como muitos outros países europeus, a Alemanha está com dificuldades para conter uma segunda onda do vírus. O Reino Unido iniciou seu terceiro lockdown por covid-19 nesta terça-feira, com determinação para os cidadãos ficarem em casa.

Além das restrições, a Alemanha aposta na campanha de vacinação para conter a pandemia.

Merkel está sendo questionada sobre sua decisão de incumbir a União Europeia de negociar com as empresas farmacêuticas, uma medida que os críticos dizem que desacelerou o processo de disponibilização vacinal.

Funcionários do governo Merkel disseram que estão tentando acelerar a produção e a distribuição de vacinas. Além da injeção desenvolvida em conjunto pela BioNTech, a aprovação de outras pelas autoridades de saúde europeias deve ajudar a acelerar a vacinação.

Mais de 317.000 pessoas, idosos e profissionais de saúde receberam até segunda-feira a primeira dose da vacina BioNTech-Pfizer. Apesar do ritmo de vacinação ser mais acelerado do que em vários países europeus, muitos criticam a suposta lentidão na Alemanha.

 

 

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