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Alemã de 89 anos é condenada por negar Holocausto

Ícone dos neonazistas, Ursula Haverbeck foi condenada ano passado por incitação ao ódio racial e foi detida hoje em sua casa

Haverbeck: a alemã já foi sentenciada seis vezes por negar o Holocausto (Steffi Loos/Getty Images/Reuters)

Haverbeck: a alemã já foi sentenciada seis vezes por negar o Holocausto (Steffi Loos/Getty Images/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de maio de 2018 às 14h37.

Última atualização em 7 de maio de 2018 às 14h54.

Berlim - Ursula Haverbeck foi detida nesta segunda-feira em Bielefeld, cidade na região oeste da Alemanha, e cumprirá uma pena de dois anos de prisão por negar reiteradamente o Holocausto, informou o Ministério Público.

A alemã, de 89 anos, é ícone dos neonazistas e foi condenada em agosto do ano passado por incitação ao ódio racial em oito casos. Ela deveria se apresentar para o cumprimento da sentença, mas isso não ocorreu e, com o fim do prazo, foi ditada uma ordem de prisão contra ela. A Polícia a deteve em casa.

Em vários artigos para o jornal neonazista "Stimme des Reiches", Haverbeck tinha dito que Auschwitz não foi um campo de extermínio, mas apenas de trabalho. Os advogados sustentaram que os artigos deveriam ser amparados pelo direito à liberdade de expressão.

A "vovó nazista", como é conhecida, já tinha sido sentenciada outras seis vezes por negar o massacre, seja nos tribunais, através de artigos ou com uma carta ao Conselho Central dos Judeus da Alemanha. Os últimos três processos correram há poucos meses e em duas ocasiões a leitura da sentença derivou em distúrbios protagonizados por seus seguidores da ultradireita.

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