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Alegria em frente à embaixada do Equador por asilo a Assange

Após o anúncio, a polícia reforçou sua presença no local, situado ao lado da famosa loja Harrods, com cerca de 30 policiais e nove veículos posicionados

Um mascarado exibe um cartaz pedindo liberdade de expressão para Assange: a Grã Bretanha informou ao Equador que cumprirá a extradição de Assange (©AFP / Will Oliver)

Um mascarado exibe um cartaz pedindo liberdade de expressão para Assange: a Grã Bretanha informou ao Equador que cumprirá a extradição de Assange (©AFP / Will Oliver)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2012 às 16h23.

Londres - Simpatizantes de Julian Assange gritaram de alegria nesta quinta-feira em frente à embaixada equatoriana em Londres ao receberem a notícia de que Quito havia concedido asilo diplomático ao fundador do WikiLeaks.

Após o anúncio, a polícia reforçou sua presença no local, situado ao lado da famosa loja Harrods, com cerca de 30 policiais e nove veículos posicionados em torno do prédio.

O Equador "decidiu conceder asilo diplomático" para Julian Assange, anunciou o ministro equatoriano das Relações Exteriores, Ricardo Patiño.

Os confrontos com a polícia, que resultaram em três prisões, não desanimaram os cerca de 50 partidários de Assange.

Eles cantaram, dançaram e gritaram "Assange combatente da liberdade", depois que um manifestante anunciou a decisão do Equador com um megafone.

"Esta é uma grande notícia, excelente para a liberdade de informação", disse um membro do grupo de hackers Anonymous, um homem de 28 anos com uma máscara de Guy Fawkes do filme "V de Vingança" no pescoço.

"Isto mostra que ainda há países que apoiam o homem", acrescentou.

"Anonymous continuará lutando por Julian Assange, por Bradley Manning (o soldado americano acusado de vazar informações ao WikiLeaks) e por todos os outros Julian Assange", afirmou.

Como o governo equatoriano, os manifestantes criticaram a ameaça britânica de entrar na embaixada e prender Assange para sua extradição para a Suécia, que quer interrogá-lo sobre acusações de estupro e agressão sexual, o que ele nega.

Ian McDonald, de 42 anos, do oeste de Londres, disse que tinha andado 6 km até Knightsbridge, onde se encontra a embaixada.


"Eu vim para ver se a polícia britânica será forçada a escalar. Prender este homem não vai resolver nada", disse.

"Estou muito perturbado com o que o governo britânico está fazendo. Eles estão fazendo algo contra a lei internacional, contra alguém que obteve asilo político", protestou.

A polícia estava posicionada em frente à embaixada, instalada em um apartamento que faz parte de um bloco de edifícios de tijolos vermelhos.

Alguns ativistas acamparam durante a noite de quarta-feira em frente ao local em solidariedade a Assange, cujo site publicou milhares de documentos secretos do governo dos Estados Unidos.

Liliana Calle, uma mulher equatoriana de 24 anos que vive em Londres, disse que apoia Assange porque acredita na liberdade de expressão.

"Eu acho que o caso contra ele é motivado 100% pela política", declarou à AFP. "Seu único pecado foi o de lutar pela liberdade de expressão", acrescentou.

Assange se refugiou na embaixada do Equador em 19 de junho, quando pediu asilo político para evitar sua extradição para a Suécia.

Ele teme que, se voltar para a Suécia, possa ser enviado para os Estados Unidos, que lançaram uma ação legal contra ele por sua divulgação de arquivos confidenciais sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. Neste país ele poderá ser condenado à prisão perpétua e até à morte, de acordo com as autoridades equatorianas ao justificarem a concessão de asilo.

A Grã Bretanha informou ao Equador que cumprirá a extradição de Assange, apesar da decisão do governo equatoriano.

De acordo com a lei internacional, as embaixadas são consideradas parte do território da nação estrangeira.

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