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Álcool é responsável por 3 milhões de mortes por ano, diz OMS

Uma em cada vinte mortes está relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas e entre jovens de 20 a 29 anos a taxa chega a 13,5%

Bebidas alcoólicas: a Europa tem o maior consumo per capita do mundo, embora seu índice tenha diminuído (Justin Sullivan/AFP/AFP)

Bebidas alcoólicas: a Europa tem o maior consumo per capita do mundo, embora seu índice tenha diminuído (Justin Sullivan/AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 21 de setembro de 2018 às 11h48.

Última atualização em 21 de setembro de 2018 às 15h12.

O álcool mata cerca de 3 milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano, representando uma em cada 20 mortes - alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta sexta-feira (21).

Em um relatório sobre o consumo global de álcool e suas consequências adversas para a saúde, a agência da OMS aponta que o consumo de álcool mata mais pessoas do que a aids, a tuberculose e a violência combinadas.

Doenças infecciosas, acidentes de trânsito, lesões, homicídios, doenças cardiovasculares, diabetes... Pelo menos 5,3% das mortes em todo mundo são relacionadas ao álcool a cada ano, segundo a OMS.

Para os mais jovens (20-29 anos), essa taxa é de 13,5%.

No total, o álcool matou cerca de 3 milhões de pessoas no mundo todo em 2016, contra os 3,3 milhões em 2012, de acordo com o relatório da OMS sobre o assunto. Os homens correspondem a três quartos dos óbitos registrados.

A OMS observa que têm havido "algumas tendências globais positivas", apontando para a redução, desde 2010, do consumo episódico e do número de mortes relacionadas ao álcool.

Mas, explicam os especialistas, "o peso global das doenças e danos causados ​​pelo consumo nocivo do álcool é inaceitável, particularmente na região da Europa e na região das Américas".

Mais de 200 doenças estão ligadas ao consumo de álcool.

Das 3 milhões de mortes atribuíveis ao álcool, 28% estão relacionadas a acidentes de trânsito, violência, suicídios e outros atos violentos; 21%, a distúrbios digestivos; e 19%, a doenças cardiovasculares.

As mortes restantes são atribuídas a doenças infecciosas, cânceres, transtornos mentais e outros problemas de saúde.

"Muitas pessoas - suas famílias e suas comunidades - sofrem as consequências do consumo nocivo do álcool, seja pela violência, problemas de saúde mental e doenças como câncer e derrame", adverte o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em um comunicado.

"É hora de fazer mais para prevenir essa séria ameaça ao desenvolvimento de sociedades saudáveis", acrescentou.

Cerca de 2,3 bilhões de pessoas no mundo consomem bebidas alcoólicas, informa a OMS. O álcool é consumido por mais da metade da população nas Américas, Europa e no Pacífico Ocidental.

A Europa tem o maior consumo per capita do mundo, embora esse consumo tenha diminuído em mais de 10% desde 2010.

A OMS está prevendo um aumento no consumo global de álcool na próxima década, em especial no sudeste da Ásia, no Pacífico Ocidental e nas Américas.

O consumo médio diário de álcool é de 33 gramas de álcool puro, o equivalente a dois copos de vinho (150 ml cada), a uma garrafa de cerveja (750 ml), ou a dois "shots" de destilado (40 ml cada).

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