EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2012 às 11h30.
Argel - A rede terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), parabenizou nesta terça-feira os muçulmanos que mataram o embaixador dos EUA em Benghazi, e encorajou seus correligionários a aumentar os ataques contra as missões diplomáticas americanas nos países do ocidente árabe.
"Nossos peitos se estufam satisfeitos e encorajados pelos presentes dos muçulmanos do Egito, da Líbia, da Tunísia, do Iêmen e de outros países do mundo muçulmano", diz um comunicado da AQMI postado em um site extremista, em referência aos ataques a embaixadas e consulados nesses países.
Na mensagem, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, o grupo não se responsabiliza em nenhum momento pelos ataques às embaixadas dos EUA, nem pela morte do embaixador americano na cidade líbia de Benghazi.
Chris Stevens morreu na noite do dia 11 com outros três funcionários americanos, no atentado ao consulado dos EUA na segunda cidade mais importante do país.
Alguns analistas e políticos, tanto na Líbia como nos Estados Unidos, consideram a possibilidade de que por trás do ataque contra o consulado de Benghazi esteja algum grupo terrorista.
Até o momento, nenhum grupo reivindicou o ataque e as autoridades líbias não anunciaram nenhuma linha de investigação dos fatos, mas já realizaram as primeiras prisões.
"Pedimos aos muçulmanos que continuem os protestos e que os intensifiquem, e aos jovens do Islã que sigam as pegadas deixadas em Benghazi, fazendo cair as bandeiras das embaixadas da América do Norte em todas as nossas capitais", diz a nota da AQMI.
O comunicado, o primeiro divulgado pelo grupo terrorista desde que eclodiu a onda de protestos contra os EUA por um filme que ridiculariza Maomé, vai além e convoca os muçulmanos a "matar ou expulsar seus (dos EUA) embaixadores e representantes".
A nota, datada de 15 de setembro, leva o selo do órgão de informação do grupo terrorista, "Al-Andalus", três dias depois das primeiras protestos protagonizadas no Cairo e Benghazi.
No sábado passado, a Al Qaeda na Península Arábica, que também estimulou os protestos, afirmou que o ataque contra o consulado de Benghazi foi uma vingança pelo assassinato de seu "número dois", Abu Yehia al Libbi.
No entanto, a nota da AQMI não faz nenhuma referência explícita à morte de Al-Libbi, assassinado em junho em uma ofensiva americana no Paquistão.