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Al Qaeda divulga vídeo com assassinato de três "espiões"

A agência mauritana "Al Akhbar" recebeu um vídeo que mostra as três vítimas "confessando" que trabalham para os serviços de inteligência


	Al Qaeda: Após as confissões, o vídeo mostra a decapitação de Habib e do malinês Mohammed Taher Tarigui
 (Guillaume Briquet/AFP)

Al Qaeda: Após as confissões, o vídeo mostra a decapitação de Habib e do malinês Mohammed Taher Tarigui (Guillaume Briquet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 09h27.

Nouakchott - A organização terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) divulgou nesta terça-feira um vídeo que mostra o assassinato de três homens - um mauritano e dois malineses - acusados de serem espiões da França e da Mauritânia.

A agência mauritana "Al Akhbar", habitualmente bem conectada com os grupos jihadistas, recebeu um vídeo que mostra as três vítimas "confessando" que trabalham para os serviços de inteligência.

O mauritano Cheikh Baye Ould Mohammed Habib, que disse ter sido recrutado por seu próprio país, é irmão de Maarouf Ould Haiba, um dos três assassinos dos quatro turistas franceses em dezembro de 2007 perto de Aleg, no sul da Mauritânia, o episódio mais grave de violência jihadista no país nos últimos anos.

Mohammed Habib garantiu ter participado de várias operações para a espionagem mauritana, entre elas a denúncia de um grupo que partiria para fazer a jihad no norte do Mali, assim como a colocação de vários chips eletrônicos que conduziram a operações de detenção de líderes da AQMI.

Após as confissões, o vídeo mostra a decapitação de Habib e do malinês Mohammed Taher Tarigui (tuaregue, de acordo com seu nome), e em seguida o assassinato a tiros de um terceiro, também malinês, Mahmoud ben Omar al Mali.

Além disso, o vídeo (que a agência não mostrou) inclui palavras do "responsável religioso" da AQMI, Abu Abderrahman Senhaji, que chama seus combatentes a "tomarem como alvo os serviços de espionagem dos países em guerra contra a Al Qaeda".

"Esta deve estar na cabeça das prioridades: seus centros de espionagem, seus quartéis militares e suas delegacias de polícia", conclui.

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