Mundo

Al-Assad assegura que não é uma 'marionete'

O presidente sírio assinalou que não acredita que o Ocidente irá intervir em seu país


	Manifestação de apoio a Bashar al-Assad diante da embaixada americana em Moscou em 19 de outubro: ''Acredito que o preço da invasão será mais elevado do que todo mundo pode pensar'', disse
 (Andrey Smirnov/AFP)

Manifestação de apoio a Bashar al-Assad diante da embaixada americana em Moscou em 19 de outubro: ''Acredito que o preço da invasão será mais elevado do que todo mundo pode pensar'', disse (Andrey Smirnov/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 19h46.

Moscou - O presidente Bashar al-Assad afirmou que não é uma ''marionete'', que não abandonará seu país e que deve morrer na Síria, em entrevista que será transmitida na sexta-feira pelo canal russo ''RT''.

''Não sou uma marionete. Não nasci no Oriente para ir ao Ocidente ou a outro país. Sou sírio, nasci na Síria. Tenho que viver e morrer na Síria'', disse Al-Assad ao canal russo, que antecipou parte da entrevista.

O presidente sírio assinalou que não acredita que o Ocidente irá intervir em seu país, mas acrescentou que se isto ocorrer, ''ninguém pode dizer o que acontecerá em seguida''.

''Acredito que o preço da invasão será mais elevado do que todo mundo pode pensar'', ressaltou.

O presidente acrescentou que seu país é o ''último reduto da sociedade secular, da estabilidade e da coexistência na região'' e advertiu que os eventos na Síria podem desencadear um ''efeito dominó que influenciará no mundo todo, desde o Atlântico até o Pacífico''.

A Rússia já tem assumido que o presidente sírio não deixará o poder e que lutará até o final contra a oposição armada que procura desbancar seu regime.

''Al-Assad não irá a lugar algum, da mesma forma que a oposição, que agora quer lutar até a vitória'', disse o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em entrevista publicada nesta quinta no site do ministério.

O titular da chancelaria russa ressaltou que ''a oposição é instigada pelo Ocidente, enquanto Al-Assad quer brigar até o final''.

Hoje mesmo, o presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Peter Maurer, admitiu que a organização está tendo cada vez mais dificuldades para ajudar os civis sírios perante a ''grave piora'' da violência no país.

Acompanhe tudo sobre:Bashar al-AssadPolíticosSíriaViolência política

Mais de Mundo

Conheça a história do Cristo Redentor, um dos maiores cartões postais do Rio de Janeiro

China convoca reunião informal do Conselho de Segurança da ONU para 'tratar de tarifas', diz agência

Juiz vê suposto 'desacato' de Trump por expulsar migrantes; governo diz que vai apresentar recurso