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Ajuste fiscal anunciado por Dilma causa divisão no PT

Dentro do ajuste fiscal, se considera também a recusa do Governo de aceitar um salário mínimo mensal de R$ 580 proposto pelas centrais sindicais

A presidente Dilma Rousseff: anúncio coincidiu com a realização do 31º aniversário do PT (Antonio Cruz/ABr)

A presidente Dilma Rousseff: anúncio coincidiu com a realização do 31º aniversário do PT (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2011 às 17h20.

São Paulo - O ajuste fiscal de R$ 50 bilhões anunciado nesta semana pelo Governo da presidente Dilma Rousseff causou mal-estar na cúpula do PT, afirmou neste domingo o jornal "Folha de S. Paulo".

Segundo a publicação, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, encarregado de fazer o anúncio do corte de gastos no orçamento destinado para 2011, pediu explicações a alguns dos membros da direção do partido contrários à medida, como o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu.

O anúncio coincidiu com a realização do 31º aniversário do PT e, segundo a "Folha", vários de seus dirigentes criticaram a medida.

Para Dirceu, o corte pode colocar em risco a execução completa de programas sociais, apesar de Mantega ter se comprometido a não prejudicar o orçamento destinado para esses fins.

O ex-ministro, em recente entrevista a uma emissora de rádio, manifestou que prefere uma redução na taxa de juros como estímulo à economia e questionou que sua alta seja o único mecanismo para o controle da inflação.

De acordo com o periódico, no PT existe uma divisão entre partidários de Dirceu e de Antonio Palocci, o atual chefe da Casa Civil e considerado como o autor da proposta de ajuste fiscal adotada por Dilma.

Os analistas econômicos comemoraram o ajuste proposto pela governante e alguns mencionaram que ela está corrigindo o "desfalque" da máquina estatal deixado por seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aumentou o número de funcionários públicos com mais ministérios e secretarias especiais.

Dentro do ajuste fiscal, se considera também a recusa do Governo de aceitar um salário mínimo mensal de R$ 580 proposto pelas centrais sindicais, inclusive com o apoio de alguns membros da bancada governista.

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