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Ajuda a Portugal pode chegar a € 75 bilhões, diz Junckner

Chefe dos ministros das finanças da UE destacou que valor seria 'apropiado' para salvar o país; Alemanha pediu que Portugal mantenha seus compromissos

Para Juckner, Portugal vai precisar de uma ajuda menor do que Grécia e Irlanda (Patrik Stollarz/Getty Images)

Para Juckner, Portugal vai precisar de uma ajuda menor do que Grécia e Irlanda (Patrik Stollarz/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 13h29.

Paris - Caso Portugal recorra a uma ajuda europeia para enfrentar seu altíssimo déficit público, um montante de 75 bilhões de euros seria "apropriado", estimou nesta quinta-feira o chefe dos ministros das Finanças da Eurozona, Jean-Claude Juncker, em entrevista à rede France 24.

"Se Portugal pedir um apoio europeu, esta soma me parece apropriada", disse Juncker, indagado sobre um eventual plano de resgate ao país ibérico.

Juncker, entretanto, destacou que Portugal não fez nenhuma solicitação neste sentido.

Grécia e Irlanda, que no ano passado foram resgatados pela Zona do Euro, receberam, respectivamente, 110 e 85 bilhões de euros.

A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu aos partidos políticos portugueses que mantenham os compromissos de redução do déficit público nacional, após a renúncia na quarta-feira do primeiro-ministro José Socrates em consequência da rejeição do Parlamento a um plano de austeridade.

"O governo de Portugal apresentou um programa muito corajoso para 2011, 2012 e 2013. Era apropriado. Lamento profundamente que tenha sido rejeitado na quarta-feira pelo Parlamento", declarou Merkel.

"Agora é muito, muito importante que todos os que falam em nome de Portugal digam claramente que estão comprometidos com os objetivos deste programa de austeridade", acrescentou.

"Isto não é apenas importante para Portugal, mas também para a Europa e em particular para os Estados membros da zona euro", destacou Merkel, em referência à crise da dívida soberana que desde 2010 abala a união monetária.

As medidas de austeridade apresentadas por Sócrates pretendiam rebaixar o déficit público a 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, a 3% em 2012 e a 2% em 2013.

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