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Airbus apresentará queixa-crime por espionagem dos EUA

Documentos de 2008 e 2010 indicam que o serviço de inteligência alemão espionou a Airbus e o Eurocopte desde 2005, a mando da agência americana


	Além das empresas, acusações de espionagem política contra a presidência da França ou a Comissão Europeia, colocam em uma situação delicada o governo da chanceler Angela Merkel
 (REUTERS/Morris Mac Matzen)

Além das empresas, acusações de espionagem política contra a presidência da França ou a Comissão Europeia, colocam em uma situação delicada o governo da chanceler Angela Merkel (REUTERS/Morris Mac Matzen)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2015 às 15h53.

Berlim - O grupo aeronáutico europeu Airbus anunciou nesta quinta-feira que apresentará uma queixa-crime contra pessoa desconhecida depois que a imprensa informou que o serviço de inteligência alemão (BND) teria espionado a empresa para a Agência de Segurança Nacional americana.

"Estamos cientes de que grandes empresas do setor, como a nossa, são alvos de espionagem", disse a companhia em um comunicado.

"No entanto, neste caso estamos alarmados porque há uma suspeita concreta de espionagem industrial", acrescentou.

Após os relatos dos meios de comunicação, sobre os quais a companhia disse que não irá especular, "pedimos informações ao governo alemão. Agora vamos apresentar uma queixa-crime contra pessoa desconhecida por suspeita de espionagem industrial".

O jornal Bild disse na segunda-feira, apoiado em documentos de 2008 e 2010, que os serviços de inteligência alemães (BND) tentaram espionar a partir de 2005 o EADS (convertido em Airbus) e o Eurocopter (atualmente Airbus Helicopters) em nome da agência americana NSA.

Estas revelações, às quais se somaram na quarta-feira acusações de espionagem política contra a presidência da França ou a Comissão Europeia, colocam em uma situação delicada o governo da chanceler Angela Merkel.

Segundo o Bild, a chancelaria foi informada a partir de 2008, durante o primeiro mandato de Merkel, deste tipo de práticas contra empresas como Airbus, mas não reagiu para não incomodar Washington ou colocar em risco a cooperação na luta contra o terrorismo.

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