CEO da AirAsia Tony Fernandes (c) conversa com funcionários da empresa em aeroporto (REUTERS/Beawiharta)
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 06h42.
Bangcoc - O executivo-chefe da AirAsia, Tony Fernandes, expressou suas condolências aos parentes dos passageiros e da tripulação do Airbus 320-200 que desapareceu no domingo e cujos destroços foram encontrados no Mar de Java nesta terça-feira.
"Meu coração está cheio de tristeza por todas aquelas famílias envolvidas no voo QZ8501. Em nome da AirAsia, minhas condolências. Vou o mais rápido possível para Surabaia. Vamos fazer o impossível", escreveu o dono da empresa em seu perfil no Twitter.
Até o incidente, a companhia aérea de baixo custo, uma das mais bem-sucedidas da região, tinha um histórico sem acidentes.
A maioria dos parentes das vítimas está no aeroporto de Surabaia, e outro grupo menor no de Cingapura.
As declarações de Fernandes ocorrem depois que as equipes de busca e resgate coordenadas pela Indonésia encontraram no mar de Java pelo menos um corpo e destroços do veículo desaparecido, além de outros objetos, como malas e coletes salva-vidas.
O Ministério de Comunicações da Indonésia afirmou que o logotipo da companhia foi identificado em algumas das peças, segundo o portal de notícias local "Detik".
O canal de televisão indonésio "Kompas TV" mostrou diversas imagens aéreas de dois objetos de grande porte que flutuavam no mar. O passo seguinte foi enviar helicópteros e navios para recuperá-los e analisar sua procedência. Uma embarcação transporta 11 mergulhadores à região onde foram encontrados os destroços.
O avião da AirAsia deixou a cidade javanesa de Surabaia no domingo rumo a Cingapura, onde a aterrissagem era prevista cerca de duas horas depois.
Segundo a companhia aérea, o voo contava com 155 passageiros e uma tripulação de sete pessoas, no total 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês (copiloto), um malaio e um singapurense.
No caminho, o piloto chamou a torre de controle e pediu permissão para mudar a altitude de 32 mil para 38 mil pés para evitar uma tempestade. A alteração de rota foi aprovada imediatamente.
Porém, dois minutos depois, quando os controladores tentaram comunicar a autorização para que o avião subisse aos 34 mil pés, não houve resposta. A aeronave sumiu dos radares e não foi emitido nenhum sinal de socorro.