Mundo

Ainda há vazamento de "óleo residual" no Rio

A Chevron não soube dizer por quanto tempo ainda haverá vazamento

A Chevron diz que equipamentos têm sido usados para "capturar as gotas de óleo residual" direto do leito do mar (AFP/AgenciaPetróleo/Divulgação)

A Chevron diz que equipamentos têm sido usados para "capturar as gotas de óleo residual" direto do leito do mar (AFP/AgenciaPetróleo/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2011 às 17h28.

São Paulo - Um mês e uma semana após o acidente no Campo de Frade, ainda há vazamento de "óleo residual" na Bacia de Campos. Em audiência pública na Câmara Municipal de Macaé, na última segunda-feira, o superintendente de meio ambiente da petroleira americana Chevron Luiz Pimenta, não soube dizer por quanto tempo ainda haverá vazamento, mas informou que o volume de óleo residual que ainda escapa é "cada vez menor".

Questionado pelos vereadores, Pimenta disse ser mínima a chance de ocorrer novos vazamentos e a mancha chegar às praias. "A Chevron não tem 100% de certeza, mas as chances são remotas", respondeu o superintendente. Segundo ele, 382 mil litros de óleo vazaram, o equivalente a 2.400 barris.

Pimenta assegurou que o vazamento do reservatório foi totalmente estancado. Em nota, a Chevron informou hoje que o óleo residual sai por fissuras das rochas onde está infiltrado. "Não há evidência que esse óleo residual seja originado da fonte do vazamento, que está fechada desde o dia 13 de novembro, quatro dias após a empresa identificar a origem do incidente ocorrido no Campo Frade", diz a empresa.

Para o diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe/UFRJ, Segen Estefen, se ainda existe óleo residual saindo por fissuras das rochas, a empresa deveria se certificar de que o reservatório está totalmente vedado. 


"O volume de óleo deve diminuir até não vazar nada. Talvez tenha que se examinar com mais cuidado para ver se a vedação foi total ou se não tem outro ponto ligando o reservatório ao fundo do mar", diz o professor. Segen Estefen confirma que as chances de o óleo chegar às praias é muito pequena. "As correntes preponderantes na região são no sentido da África e a tendência é não chegar à costa, até porque o volume é muito pequeno", afirmou.

O presidente da Câmara Municipal de Macaé, Paulo Antunes, disse que "ainda há muita dúvida e preocupação". Embora o representante da Chevron tenha negado que a empresa tenha tentado fazer perfurações até a camada de pré-sal, o vereador continua temeroso de possíveis novos danos. "Ainda tenho uma dúvida muito grande se eles não estavam tentando chegar ao pré-sal. E quando perguntei se havia risco de o óleo chegar às praias e prejudicar os pescadores, ele não deu garantia absoluta de que isso não acontecerá. Estamos vigiando", disse o vereador.

Na nota, a Chevron diz que equipamentos têm sido usados para "capturar as gotas de óleo residual" direto do leito do mar. Informa ainda que imagens de sobrevoos realizados ontem apontam que o volume da mancha de óleo é de cerca de um barril (159 litros).

Acompanhe tudo sobre:ChevronEmpresasEmpresas americanasEnergiaIndústria do petróleoPetróleoPoluiçãoPré-sal

Mais de Mundo

Itamaraty alerta para a possibilidade de deportação em massa às vésperas da posse de Trump

Invasão de apoiadores de presidente detido por decretar lei marcial deixa tribunal destruído em Seul

Trump terá desafios para cortar gastos mesmo com maioria no Congresso

Milei chama Bolsonaro de amigo e lamenta ausência em evento de posse de Trump