Usina nuclear de Fukushima: aumento da preocupação (AFT)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2011 às 15h23.
Viena - A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) confirmou nesta quarta-feira que houve danos nos núcleos dos reatores 1, 2 e 3 do complexo de Fukushima Daiichi, mas disse que ainda não se pode dizer ainda que a situação esteja "fora de controle".
"A situação evoluiu e é muito séria", reconheceu hoje em Viena Yukiya Amano, diretor-geral da Aiea, que assegurou que "a empresa operadora (da usina) está fazendo o máximo possível para restaurar a segurança dos reatores".
Amano evitou falar sobre as especulações de que o risco de uma catástrofe tenha aumentado hoje, e insistiu que tanto o governo japonês como os gerentes da usina fazem todo o possível para estabilizar os reatores.
O vice-diretor-geral da Aiea, Denis Flory, declarou que os esforços para injetar água no núcleo "é o melhor que se pode fazer e é o procedimento recomendado pelos especialistas".
Segundo ele, a evolução da crise dependerá "da capacidade de resfriar o núcleo e reduzir a pressão interna".
Flory destacou que foram registradas emissões de gases e vapores à atmosfera, mas não de partículas sólidas, algo especialmente perigoso no caso do reator número 3, que utiliza plutônio como combustível nuclear.
"O plutônio não é uma preocupação neste momento", disse Flory.
Quanto à radiação, Amano admitiu que os níveis "aumentaram em Tóquio e outras cidades", mas descartou que isso represente um perigo para a saúde humana.