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AIEA apóia medidas para conter radiação em Fukushima

Agência elogiou as medidas tomadas pelas Tepco e acredita que não haverá novos vazamentos de vapor radioativo

Usina de Fukushima: AIEA acredita que não haverá novos grandes vazamentos  (AFP)

Usina de Fukushima: AIEA acredita que não haverá novos grandes vazamentos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 08h43.

Viena - As medidas anunciadas pela operadora da usina nuclear japonesa de Fukushima devem evitar grandes escapamentos de vapor radioativo, por isso que a quantidade final de poluição liberada não deverá ser muito maior que a já produzida.

Essa avaliação foi feita nesta terça-feira em Viena por Denis Flory, subdiretor de segurança nuclear da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"Houve uma forte irrupção de radioatividade no início. Agora ainda se produz a níveis mais baixos e irá caindo progressivamente", explicou o especialista francês.

Flory disse que acredita que, se todas as medidas anunciadas pela operadora da central, a Tepco, forem cumpridas, haverá apenas pequenos aumentos do nível de radiação em relação aos registrados até agora.

"A conjetura é que, se tudo sair como está previsto, a quantidade de novos escapamentos (radioativos) irá cair progressivamente e quantidade final não será muito diferente da atual", previu.

Na semana passada, Flory afirmou que a radioatividade liberada pela usina de Fukushima até aquele momento representava cerca de 7% da produzida em 1986, após o acidente de Chernobyl, na Ucrânia.

Os planos da Tepco falam de um período de três meses para devolver a refrigeração estável aos reatores danificados e de entre seis e nove meses para apagar seu combustível nuclear.

Sobre se este calendário é realista, o alto funcionário do organismo atômico da ONU disse que "os fatos demonstrarão" se a Tepco pode manter esse ritmo de trabalho e considerou muito positivo que a empresa tenha estabelecido esses objetivos.

Para conseguir esfriar os reatores 1, 2 e 3, os mais danificados, a temperatura deve cair para os 95 graus centígrados, abaixo do ponto de ebulição que pode provocar a fusão nos núcleos de combustível.

Nesse sentido, Flory explicou que continuam bombeando água doce nas três unidades.

O especialista da AIEA ressaltou que o processo de esfriamento dos reatores durará meses.

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