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AIE alerta para superaquecimento na economia da China

Segundo a Agência Internacional de Energia, preços dos alimentos na China subiram mais do que o que está sendo visto nas estatísticas oficiais

Pessoas fazem compras na China: preços estão mais altos do que na estatítsica oficial (Peter Parks/AFP)

Pessoas fazem compras na China: preços estão mais altos do que na estatítsica oficial (Peter Parks/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 10h18.

Pequim - Citando um crescimento anual "espantoso" na demanda da China por petróleo em outubro deste ano, a Agência Internacional de Energia (AIE) alertou, em relatório divulgado hoje, que a economia chinesa corre risco de superaquecimento. A AIE também afirmou que os preços dos alimentos na China subiram mais do que o que está sendo visto nas estatísticas oficiais.

"A força da demanda da China por petróleo é consistente com outros indicadores que sugerem que a economia está sob risco de superaquecimento", escreveu a AIE. "Não apenas o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) continua girando em torno da marca de 10%, como a inflação também está se acelerando", acrescentou.

A AIE, que atua como consultor de energia para países industrializados, afirmou que dados preliminares da China mostraram que a demanda aparente por petróleo subiu 12,6% em outubro, ante outubro do ano passado.

A agência disse que o aumento foi puxado em boa parte pelo uso extensivo de geradores de diesel de pequena escala antes do fechamento de algumas usinas de energia movidas a carvão. O aumento também foi provocado pela maior demanda agrícola.

A agência afirmou ainda que o avanço dos preços dos alimentos em outubro foi maior do que a inflação de 4,4% divulgada oficialmente pela China. Uma alta estimada de 60% nos custos de vegetais e algumas commodities "pode apontar um aumento nas tensões domésticas", segundo a AIE. As informações são da Dow Jones.

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