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AI revela vínculos entre partido neonazista e polícia grega

Anistia Internacional revela em um relatório as relações entre a polícia grega e o partido Aurora Dourada


	Simpatizantes do Aurora Dourada carregam bandeira do partido: ONG denuncia que policiais violam de maneira persistente os direitos humanos de manifestantes e imigrantes
 (Aris Messinis/AFP)

Simpatizantes do Aurora Dourada carregam bandeira do partido: ONG denuncia que policiais violam de maneira persistente os direitos humanos de manifestantes e imigrantes (Aris Messinis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 22h52.

Atenas - A Anistia Internacional (AI) revela em um relatório publicado nesta quinta-feira (data local) as relações entre a polícia grega e o partido neonazista Aurora Dourada e denuncia que os agentes violam de maneira persistente os direitos humanos de manifestantes e imigrantes.

"Nossa investigação mostra que a relação com o Aurora Dourada é só a ponta do iceberg. O racismo, o uso excessivo da força e a impunidade são uma praga na polícia grega", afirmou a AI em comunicado.

A investigação da ONG, baseada nos últimos dois anos, revela que há dez agentes das forças gregas que mantêm "vínculos diretos ou indiretos com as atividades delitivas atribuídas aos membros do Aurora Dourada".

Além disso, a AI acusa as autoridades gregas de não obrigar os agentes a prestar contas e de evitar investigações "exaustivas e imparciais" sobre as denúncias das vítimas destes abusos.

"Até agora os governos gregos não reconheceram e muito menos abordaram estas violações dos direitos humanos por parte da polícia", declarou o diretor adjunto do programa da Europa e Ásia Central da AI, Jezerca Tigani.

"Há uma necessidade urgente (...) de criar um mecanismo de denúncia policial independente para investigar as denúncias de condutas policiais ilegítimas", disse Tigani.

O relatório denuncia também a não intervenção das forças policiais no assassinato do cantor Pavlos Fyssas, que foi apunhalado em setembro do ano passado por um militante neonazista em um bairro da periferia de Atenas.

A Anistia Internacional denuncia também o "tratamento brutal" que recebem imigrantes e refugiados e relata vários episódios de maus-tratos realizados por estes policiais.

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