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Ahmadinejad quer que ONU impeça intervenções no Oriente Médio

Presidente iraniano falou com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para pedir diálogo na região

Ahmadinejad, presidente do Irã: país quer ser protagonista para resolver conflitos (Spencer Platt/Getty Images)

Ahmadinejad, presidente do Irã: país quer ser protagonista para resolver conflitos (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2011 às 22h40.

Teerã - O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, pediu à ONU que impeça as intervenções americana e europeia no Oriente Médio e na África do Norte, informou nesta segunda-feira o site da presidência.

Ahmadinejad telefonou ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para pedir que a ONU ajude a solucionar os problemas dos países da região mediante o diálogo, segundo a fonte.

"A intervenção de alguns Estados europeus e dos Estados Unidos nos países da região é preocupante e complica a situação", declarou o presidente Ahmadinejad durante esta conversa por telefone.

Ahmadinejad pediu a Ban que atue para "impedir a intervenção de governos desses países".

"Chegou a hora de o secretário-geral das Nações Unidas interpretar seu papel histórico e determinante para resolver as questões atuais partindo da compreensão e mediante o diálogo para evitar a repetição das catástrofes no Afeganistão e no Iraque", onde estão envolvidas as forças ocidentais, estimou o presidente iraniano.

A República Islâmica do Irã está disposta a desempenhar "um papel ativo" para solucionar os problemas atuais da região, acrescentou.

Ahmadinejad também denunciou "os duplos padrões dos governos ocidentais em Bahrein (onde as forças sauditas interviram para apoiar o regime) e na Líbia (onde os ocidentais apoiam militarmente aos rebeldes) e seu silêncio frente aos crimes do regime sionista contra o povo palestino inocente".

O Irã costuma apoiar os movimentos de revolta no mundo árabe - com exceção na Síria, seu principal aliado na zona - e pedir aos dirigentes dos países da região que levem em consideração as reivindicações de suas populações.

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