Mundo

Ahmadinejad encerra visita na América Latina

Presidente iraniano fechou acordos e parcerias nas áreas de comércio, tecnologia e construção após a sua passagem pela Venezuela, Nicarágua, Cuba e Equador

Apesar dos indícios da Aiea, Ahmadinejad negou novamente que o programa nuclear iraniano seja para fins militares (Juan Barreto/AFP)

Apesar dos indícios da Aiea, Ahmadinejad negou novamente que o programa nuclear iraniano seja para fins militares (Juan Barreto/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2012 às 08h32.

Brasília - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, encerra hoje (13) a visita de cinco dias pela América Latina com um saldo político e econômico. Nas conversas na Venezuela, na Nicarágua, em Cuba e no Equador, Ahmadinejad fechou acordos e parcerias nas áreas de comércio, tecnologia e construção. Também recebeu dos respectivos presidentes apoio para que os iranianos mantenham seu programa nuclear – alvo de contestações internacionais.

“Queremos ser instrumentos de paz, unidade e solidariedade para que as pessoas saibam a verdade e não apenas a propaganda de países com padrões duplos. O Equador é a favor da paz planetária”, disse o presidente do Equador, Rafael Correa, sentado ao lado de Ahmadinejad, na sua última etapa da visita à América do Sul, em Quito (capital equatoriana).

Depois de uma reunião de quase seis horas, o tom da declaração de Correa e Ahmadinejad foi a paz mundial. "Tudo o que eles [líderes internacionais que defendem sanções ao Irã] dizem significa os poderes hegemônicos”, disse o presidente do Irã. “Correa é puro, sincero, corajoso e original", acrescentou.

Mais uma vez, Ahmadinejad negou que o programa nuclear iraniano desenvolva a produção de armas nucleares. Segundo ele, não há provas dessas denúncias. No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e parte da comunidade internacional informam que há indícios que levam às suspeitas.

Desde 2010, o Irã está sob fortes sanções econômicas, comerciais e financeiras com o apoio da maior parte da comunidade internacional e da Organização das Nações Unidas (ONU). Recentemente, a ONU apelou para que o governo do Irã retome as negociações a fim de encerrar o impasse sobre o assunto.

No Equador, Ahmadinejad disse que o Irã tem condições de desenvolver parcerias nas áreas industrial e alimentícia. “Temos trabalhado para agilizar e facilitar o intercâmbio. Muitas de nossas exportações vão para o Irã por meio da Turquia”, disse o presidente iraniano. Ahmadinejad volta hoje para Teerã, capital iraniana.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaÁsiaDiplomaciaIrã - País

Mais de Mundo

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais

Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês