Mundo

Agressor de Paris pode ter tido cúmplice em viagem

Um dos agressores suicidas pode ter tido um cúmplice durante viagem pelos Bálcãs depois de chegar na Grécia dizendo ser um refugiado sírio


	Policial francês bloqueia rua de Paris: criminoso também pode ter chegado a Paris mais rapidamente e com mais facilidade do que o esperado
 (KENZO TRIBOUILLARD/AFP)

Policial francês bloqueia rua de Paris: criminoso também pode ter chegado a Paris mais rapidamente e com mais facilidade do que o esperado (KENZO TRIBOUILLARD/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2015 às 19h35.

Belgrado/Atenas - Um dos agressores suicidas de Paris pode ter tido um cúmplice durante sua viagem pelos Bálcãs até a Europa ocidental depois de chegar na Grécia dizendo ser um refugiado sírio, disseram fontes policiais e de contrainteligência.

O criminoso também pode ter chegado a Paris mais rapidamente e com mais facilidade do que o esperado porque os que buscavam asilo eram transportados de forma acelerada por algumas fronteiras nacionais no ápice da crise imigratória na Europa neste ano, com o objetivo de evitar gargalos depois de a Hungria ter fechado as suas fronteiras para ironicamente evitar militantes suspeitos.

O homem, que se explodiu perto do Stade de France nos ataques que mataram 129 pessoas na sexta-feira, foi identificado por causa de um passaporte sírio achado perto do seu corpo como Ahmad al-Mohammad, de 25 anos, da cidade de Idlib, no noroeste do país.

O passaporte poderia ser falso ou roubado, mas o seu detentor estava registrado como pessoa que havia chegado junto com 198 refugiados, de bote, em Leros, pequena ilha grega, vinda da Turquia, em 3 de outubro.

Autoridades francesas disseram que as impressões digitais do agressor que se explodiu combinam com as do homem que chegou em Leros.

Autoridades gregas afirmaram no domingo que Mohammad parecia não viajar com ninguém especificamente, apesar de ter chegado com outras pessoas. No entanto, uma fonte da contrainteligência na Macedônia, um dos países pelo qual ele passou, falou de uma "grande investigação nos Bálcãs sobre a rota de dois dos terroristas".

A fonte, que não quis ser identificada, indicou para a Reuters que a Macedônia estava coordenando as atividades com a Grécia e que Mohammad tinha um acompanhante quando ele comprou as passagens de barco para a Grécia continental.

Um agente de viagem de Leros disse que emitiu, em 4 de outubro, duas passagens no valor de 51,50 euros cada para uma viagem de balsa na noite seguinte da ilha próxima de Kalymnos, que é acessível por meio de um serviço local. A embarcação chegou em Pireu na manhã seguinte, em 6 de outubro.

O dono da agência de viagens Kastis em Leros, Dimitris Kastis, de 42 anos, lembra-se de ter vendido as passagens para Mohammad e para um homem que estava com ele.

"Ele não fez ou disse nada que atraísse a minha atenção", afirmou Kastis, acrescentando que os dois homens pagaram em dinheiro. Ele disse que o homem que viajava com Mohammad tinha um sobrenome similar.

A imprensa grega publicou uma foto da passagem do segundo homem, bilhete que registra como sobrenome al-Mahmod e como inicial do primeiro nome a letra M. Kastis disse reconhecer o nome como o mesmo que o segundo homem forneceu ao comprar o bilhete.

Uma autoridade policial croata, que também não quis ser identificada, também disse à Reuters que uma investigação estava sendo feita sobre a viagem de Mohammad, cujo foco é se ele estava viajando com alguém e, se estava, com quem.

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasCrise gregaEuropaFrançaGréciaMetrópoles globaisParis (França)PiigsTerrorismo

Mais de Mundo

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais

Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês