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Agência de arrecadação de impostos sofre atentado na Itália

Diretor do órgão foi ferido por uma carta-bomba; ataque é o segundo do gênero em dois dias na Europa

A polícia italiana cercou o prédio da Equitalia (Filippo Monteforte/AFP)

A polícia italiana cercou o prédio da Equitalia (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 13h24.

Roma - O diretor-geral da agência de arrecadação de impostos da Itália ficou ferido nesta sexta-feira em Roma após a explosão de uma carta-bomba, dois dias depois de uma tentativa de ataque semelhante contra o diretor do Deutsche Bank reivindicada por anarquistas italianos.

Uma investigação foi aberta por este "atentado de finalidade terrorista", informou a polícia.

O pacote, que chegou à sede da empresa Equitalia pelo correio tradicional, "explodiu quando o diretor o abriu. Foi ferido em uma mão e em um olho", informou à AFP um porta-voz da polícia de Roma.

O presidente do governo italiano, Mario Monti, expressou sua "solidariedade" a Marco Cuccagna, de 50 anos e diretor da agência, para quem, segundo a imprensa italiana, o artefato explosivo estava direcionado.

"A Equitalia cumpre e continuará cumprindo com seu dever, no pleno respeito da lei. É uma função essencial para o funcionamento do Estado, sem a qual não seria possível oferecer serviços aos cidadãos e as suas famílias", indicou Monti em um comunicado.

Trata-se de uma sociedade pública onde 51% pertencem à administração fiscal italiana e 49% ao INPS, o organismo italiano da segurança social e das aposentadorias.

Responsável por arrecadar impostos e pelos encargos sociais, a empresa é muito impopular na Itália: os italianos já se manifestaram muitas vezes diante de suas agências, acusadas de cometer erros com os contribuintes que pagam impostos regularmente, em um ambiente de evasão generalizada no país.

Este atentado ocorre em plena crise financeira na Eurozona e poucos dias após a adoção, por parte do Conselho de Ministros, de um severo pacote de medidas de austeridade, que prevê novos impostos, assim como o bloqueio de muitas pensões por aposentadoria.

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