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África do Sul liberta suspeito de matar capitão de futebol

Trata-se do mais recente caso de assassinato de destaque no qual a polícia e a promotoria tiveram dificuldade de apresentar uma acusação convincente

Retrato de Meyiwa: atleta foi atingido por um tiro no dia 26 de outubro enquanto confrontava dois invasores na casa de sua namorada (Siphiwe Sibeko/Reuters)

Retrato de Meyiwa: atleta foi atingido por um tiro no dia 26 de outubro enquanto confrontava dois invasores na casa de sua namorada (Siphiwe Sibeko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 11h40.

Johanesburgo - A África do Sul libertou nesta terça-feira o suspeito pelo assassinato do capitão da seleção de futebol do país, Senzo Meyiwa, devido à falta de provas, o mais recente caso de assassinato de destaque no qual a polícia e a promotoria tiveram dificuldade de apresentar uma acusação convincente.

A polícia prendeu Zanokuhle Mbatha no final do mês passado, depois que testemunhas o apontaram em um procedimento de reconhecimento, mas nesta terça-feira o magistrado Daniel Thulare disse não haver evidências suficientes para julgá-lo.

“Consequentemente, este tribunal ordena a libertação imediata do acusado… da detenção”, disse Thulare em uma audiência em Boksburg, nos arredores de Johanesburgo.

Meyiwa, de 27 anos, foi atingido por um tiro no dia 26 de outubro enquanto confrontava dois invasores na casa de sua namorada, a atriz e cantora Kelly Khumalo. Ele tinha legiões de fãs no país louco por futebol, e a polícia tem sofrido grande pressão pública e política para encontrar seus assassinos.

Sua morte aconteceu pouco depois de um tribunal superior absolver o atleta olímpico e paralímpico Oscar Pistorius de homicídio doloso – ele matou sua namorada a tiros no ano passado –, afirmando que o Estado só conseguiu provar homicídio culposo (sem intenção).

Os promotores estão apelando do veredicto e da sentença de cinco anos de prisão imposta a Pistorius. No caso de Meyiwa, a Autoridade Nacional da Promotoria disse ter encontrado inconsistências nas provas coletadas pela polícia.

“Se as investigações revelarem que há mais provas do que pode haver, ou ao invés disso permitir que o caso seja apresentado novamente, certamente o faremos”, disse o porta-voz Nathi Mncube aos repórteres.

A maneira como a polícia lidou com o caso Meyiwa despertou críticas fortes nesta terça-feira, inclusive da legenda oposicionista Partido da Liberdade Inkatha.

“Exortamos a polícia a trabalhar dia e noite e prender os responsáveis certos... como questão de urgência”, afirmou o partido em um comunicado.

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