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África do Sul: intervenção de emergentes na crise talvez seja necessária

Para o ministro sul-africano das Finanças, Pravin Gordhan, os recursos do FMI e do Fundo europeu de ajuda serão insuficientes se a crise da dívida se propagar

Gordhan insistiu que "a Europa é o epicentro da crise"
 (Saul Loeb/AFP)

Gordhan insistiu que "a Europa é o epicentro da crise" (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 09h48.

Paris - Os recursos do FMI e do Fundo europeu de ajuda serão inadequados se a crise da dívida se propagar, o que justificaria uma intervenção dos países emergentes, afirmou nesta sexta-feira, em Paris, o ministro sul-africano das Finanças, Pravin Gordhan.

"Os recursos dos quais dispõem o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) serão inadequados se o contágio (da crise da Eurozona) prosseguir", advertiu Gordhan, que participou de uma conferência da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Nesta hipótese, lembrou a poucas horas do início da reunião de ministros das Finanças do G20 em Paris que os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), "indicaram que poderiam ajudar as instituições internacionais se elas assim o pedissem".

"Tudo dependerá do efeito alavanca que os europeus puderem dar ao FEEF" para reforçar sua dotação, lembrou.

Para a cúpula do G20 em Cannes (sul da França) nos dias 3 e 4 de novembro, Gordhan espera que deem ao resto do mundo a garantia de que poderão enviar uma mensagem clara sobre sua vontade de "tratar destes assuntos" para que a economia mundial possa "se estabilizar e voltar ao caminho da recuperação".

"A Europa é o epicentro desta crise", insistiu, antes de lembrar "que a arrasta há um ano".

É hora de demonstrar a liderança e a determinação necessárias para tranquilizar "milhares de pessoas no mundo" sobre o fato de que a crise e seu contágio não vão afetar mais o resto do mundo, onde milhões de pessoas perderão seus empregos, ressaltou.

Em setembro, os BRICS disseram estar "dispostos, se fosse necessário, a fornecer seu apoio através do FMI ou de outras instituições financeiras internacionais para enfrentar os atuais desafios para a estabilidade financeira mundial, em função das circunstâncias inerentes a cada país".

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