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África do Sul assina indenização histórica a trabalhadores com silicose

Os 5 bilhões de rands irão para as vítimas que contraíram a doença depois que foram obrigados a trabalhar em condições consideradas perigosa

África do Sul: o acordo foi assinado após vários meses de negociações (Gallo Images/Getty Images)

África do Sul: o acordo foi assinado após vários meses de negociações (Gallo Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 3 de maio de 2018 às 12h20.

Sete gigantes do setor de mineração na África do Sul assinaram nesta quinta-feira um acordo histórico de quase 5 bilhões de rands (395 milhões de dólares) para a indenização de dezenas de milhares de trabalhadores que contraíram silicose.

O acordo, resultado de uma ação coletiva dos mineiros, foi assinado diante da imprensa em Johannesburgo após vários meses de negociações e entrará em vigor após a validação pela justiça sul-africana.

O ministro da Saúde, Aaroin Motsoaledi, celebrou o "acordo histórico, a ação coletiva mais importante da história do setor de mineração sul-africana".

"O acordo oferece compensações significativas a todos os mineiros afetados", celebraram em um comunicado os trabalhadores.

A quantia de 5 bilhões de rands corresponde a fundos reservados pelas empresas, African Rainbow Minerals, AngloAmerican, AngloGold Ashanti, Harmony Gold, Gold Fields e Sibanye Gold, para indenizar seus funcionários.

Em 2016, a Alta Corte de Johannesburgo autorizou centenas de milhares de trabalhadores das minas de ouro enfermos de silicose a apresentar uma demanda coletiva contra as empresas.

Os demandantes afirmam que contraíram a doença depois que foram obrigados a trabalhar durante anos em condições consideradas perigosas.

As empresas apelaram contra a decisão.

Chamada de "doença dos mineiros, a silicose é uma enfermidade pulmonar incurável provocada pela inalação do pó de sílica. Os sintomas são uma tosse persistente e problemas respiratórios, que podem provocar uma tuberculose.

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