Mundo

África condena interferência militar no Mali

União Africana e o bloco regional da África Ocidental condenaram interferência depois de o primeiro-ministro do país ser obrigado a renunciar

Primeiro-ministro do Mali Cheick Modibo Diarra foi obrigado a renunciar em meio à crise (Ray/Reuters)

Primeiro-ministro do Mali Cheick Modibo Diarra foi obrigado a renunciar em meio à crise (Ray/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 06h59.

Abuja e Aaddis Abeba - A União Africana e o bloco regional da África Ocidental condenaram na quarta-feira a interferência militar na política do Mali, depois de o primeiro-ministro do país ser obrigado a renunciar.

As entidades não disseram como isso afetará um plano de intervenção militar regional no norte do Mali, para ajudar as forças locais a derrotarem militantes islâmicos e separatistas tuaregues que conquistaram dois terços do território nacional em meio ao caos que se seguiu a um golpe militar em março.

Embora os militares tenham cedido o poder a um presidente e a um primeiro-ministro civis, em abril, eles continuam exercendo grande influência, como ficou claro com a destituição do gabinete do premiê Cheick Modibo Diarra, detido na terça-feira quando tentava embarcar para a França.

A chefe da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, "condenou firmemente" a renúncia de Diarra e repetiu a exigência "pela total subordinação do Exército e das forças de segurança ao governo civil".

EUA, França e União Europeia também condenaram a renúncia forçada do premiê, e o Conselho de Segurança da ONU disse que vai considerar sanções direcionadas com vistas à retomada da "ordem constitucional".

O bloco regional Ecowas prometeu manter seus esforços para acabar com a crise e reunificar o Mali, "desmantelando redes terroristas no norte e organizando eleições livres, transparentes e inclusivas". Chefes de defesa do grupo africano ocidental devem se reunir no sábado na Costa do Marfim.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDiplomaciaGuerrasMali

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado