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Afeganistão pede que Trump envie mais reforços militares ao país

O chefe da diplomacia afegã indicou que este aumento seria de caráter "tático" e pediu que fosse acompanhado de uma "estratégia mais ampla"

Soldados: "Confiamos que os EUA continuarão sendo um parceiro estratégico do Afeganistão. Claro, precisamos de mais apoio. Por isso, daríamos boas-vindas a um aumento das tropas americanas" (Patrick Baz/AFP)

Soldados: "Confiamos que os EUA continuarão sendo um parceiro estratégico do Afeganistão. Claro, precisamos de mais apoio. Por isso, daríamos boas-vindas a um aumento das tropas americanas" (Patrick Baz/AFP)

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EFE

Publicado em 21 de março de 2017 às 17h15.

Washington - O ministro das Relações Exteriores do Afeganistão, Salahuddin Rabbani, afirmou nesta terça-feira que seu país daria "boas-vindas a um aumento das tropas americanas" para combater os insurgentes talibãs e outros grupos terroristas, ao comentar o pedido do Pentágono nesse sentido ao governo de Donald Trump.

"Confiamos que os Estados Unidos continuarão sendo um parceiro estratégico do Afeganistão. Claro, precisamos de mais apoio. Por isso, daríamos boas-vindas a um aumento das tropas americanas", afirmou Rabbani em uma conferência no centro de estudos Atlantic Council de Washington.

O chefe da diplomacia afegã indicou que este aumento nas tropas dos EUA enviadas ao país seria de caráter "tático" e pediu que fosse acompanhado de uma "estratégia mais ampla".

Neste sentido, Rabbani pediu aos EUA que "pressionem os países que protegem grupos terroristas como ferramenta de política externa", entre os quais destacou o Paquistão.

O ministro está em Washington para participar de um encontro entre os 68 países que fazem parte da coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico (EI), do qual espera-se que surjam "novas ideias" para combater o grupo jihadista, segundo o Departamento de Estado.

Em fevereiro, o general John Nicholson, comandante das tropas americanas no Afeganistão, afirmou em um comparecimento ao Senado que a guerra iniciada em 2001 está em "ponto morto" e lamentou a falta de mais tropas no país asiático.

Até agora, Trump, que chegou ao poder no último dia 20 de janeiro, manteve silêncio sobre sua estratégia quanto ao futuro no Afeganistão, onde os EUA travam a guerra mais longa de sua história.

As tropas americanas são o único contingente estrangeiro de combate que continua no Afeganistão depois que a Otan decidiu acabar com sua missão no final de 2014 e substituí-la por outra de capacitação e assistência às tropas afegãs.

Atualmente, os EUA mantêm 8.400 soldados no Afeganistão, com cerca de dois mil deles como parte da missão antiterrorista americana no país e o restante integrados à missão da Otan, que conta com aproximadamente 13 mil soldados.

Apesar dos quase 16 anos de conflito armado, a insurgência talibã avançou em diversas áreas no Afeganistão, que vive uma crescente escalada de violência, e neste momento controla cerca de um terço do território do país, segundo dados americanos.

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