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Afeganistão entra na OMC como 164° membro do organismo

Após 11 anos de negociações e imerso em uma guerra há mais de uma década, o Afeganistão viu aprovada sua adesão


	Afeganistão: "Esperamos que a entrada na organização contribua para reduzir dramaticamente o extremismo e garantir a segurança regional"
 (REUTERS/Omar Sobhani)

Afeganistão: "Esperamos que a entrada na organização contribua para reduzir dramaticamente o extremismo e garantir a segurança regional" (REUTERS/Omar Sobhani)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 13h47.

Nairóbi - A Organização Mundial do Comércio (OMC), reunida em Nairóbi, aprovou nesta quinta-feira o protocolo de adesão do Afeganistão como membro número 164 do organismo que rege o comércio mundial.

Após 11 anos de negociações e imerso em uma guerra há mais de uma década, o Afeganistão viu aprovada sua adesão após o plenário da décima conferência ministerial da OMC, a primeira realizada neste continente.

O primeiro vice-presidente do governo do Afeganistão, Mohammad Khan Rahmani, se mostrou convencido de que sua entrada na OMC permitirá impulsionar o desenvolvimento do país, além de reduzir o extremismo e melhorar a segurança nesta volátil região.

"Esperamos que a entrada na organização contribua para reduzir dramaticamente o extremismo e garantir a segurança regional", ressaltou Rahmani durante a cerimônia de adesão.

O representante afegão confia também que ajudará na reconstrução do país e a impulsionar o desenvolvimento econômico, que espera que beneficie especialmente os negócios impulsionados por mulheres e a sua participação na política.

"Nossas reservas naturais estão estimadas em US$ 3 trilhões", enfatizou Rahmani.

O vice-presidente destacou a tradição comercial do Afeganistão, uma das paradas emblemáticas da antiga Rota da Seda, e se comprometeu a "facilitar o trânsito do comércio" de seu estratégico enclave entre o leste e o oeste da Ásia.

O diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, celebrou o acesso do Afeganistão à organização como uma forma de melhorar a vida de seu povo "através do comércio".

A economia do Afeganistão, que viveu em um estado de guerra desde a intervenção de tropas dos Estados Unidos e o final do regime talibã há 13 anos, se ressentiu pela fuga do capital ao exterior perante a elevada insegurança e pelas altas taxas de desemprego.

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