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Afeganistão e Alemanha dão passo para retorno de refugiados

Os refugiados, alguns deles crianças, aterrissaram na capital afegã após decidirem "voluntariamente" retornar para o país


	Refugiadas afegãs: a Alemanha recebeu cerca de 150 mil dos 250 mil afegãos que em 2015 solicitaram asilo em 44 países
 (REUTERS/Marko Djurica)

Refugiadas afegãs: a Alemanha recebeu cerca de 150 mil dos 250 mil afegãos que em 2015 solicitaram asilo em 44 países (REUTERS/Marko Djurica)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 15h49.

Cabul - Um grupo de 125 refugiados afegãos chegou nesta quarta-feira a Cabul vindos da Alemanha, no que o governo qualificou como "o primeiro passo" para o retorno voluntário de milhares de afegãos, depois de 150 mil solicitarem asilo ano passado na Alemanha.

Os imigrantes, alguns deles crianças, aterrissaram na capital afegã após decidirem "voluntariamente" retornar, informou o Ministério de Repatriação e Refugiados do Afeganistão em comunicado.

A embaixada da Alemanha em Cabul afirmou em uma nota que os retornados "se deram conta de que seu futuro está no Afeganistão, após uma difícil viagem à Alemanha pelas mãos de traficantes" de pessoas.

O retorno destes refugiados é "um primeiro passo no retorno de um número de afegãos" que os governos dos dois países pretendem formalizar em um acordo, segundo a embaixada.

O grupo chegou em um voo charter pago pelo governo alemão, que concedeu "uma pequena ajuda de reintegração", dada em parceria com a Organização Internacional de Imigração, segundo a nota.

No início do mês o governo afegão, após a visita do ministro de Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, a Cabul, declarou que não admitirá um acordo com a Alemanha que ajude a deportação, mas só o retorno voluntário com ajuda alemã.

A Alemanha recebeu cerca de 150 mil dos 250 mil afegãos que em 2015 solicitaram asilo em 44 países.

Com uma população de 32 milhões de habitantes, o governo afegão calcula que seis milhões de afegãos são refugiados ou solicitantes de asilo em 74 países, enquanto outros seis milhões retornaram ao país desde 2002. 

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