AES Tietê: projeto de termelétrica no estado de São Paulo (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2012 às 16h20.
São Paulo - A AES Tietê trabalha com a expectativa de que a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) libere até julho deste ano a licença ambiental prévia (LP) para o projeto da termelétrica a gás natural que a empresa planeja construir no Estado de São Paulo, batizada de Termo São Paulo. "Caso isso ocorra, pretendemos colocar a usina para disputar o leilão de energia nova A-5, que deverá ocorrer entre novembro e dezembro deste ano", afirmou o presidente do grupo AES Brasil, Britaldo Soares, durante coletiva de imprensa.
O leilão A-5 deste ano, que ainda não foi marcado pelo governo federal, contratará a demanda do mercado cativo em 2016, ano em que a AES Tietê espera colocar em operação a usina. O projeto, que terá 550 MW de capacidade em ciclo combinado (geração de vapor e energia) e demandará investimento de R$ 1,13 bilhão, permitirá à empresa cumprir a exigência de expandir em 15% o seu parque gerador em São Paulo - essa obrigação consta no edital de privatização da Cesp Tietê pelo governo de São Paulo, que previa que a meta fosse cumprida até 2007, o que não ocorreu.
"A exigência do edital resulta em uma expansão de 400 MW do parque gerador. Iremos investir em uma usina de 550 MW", destacou o executivo. Além de aguardar a liberação da LP, a AES Tietê já discute a contratação da empresa que será responsável pelos serviços de engenharia, fornecimento e construção (epcista). Hoje, a empresa já tem um acordo de confidencialidade com a sul-coreana Posco no âmbito dessas discussões. "Entre outras sete ou oito empresas também estão participando desse processo de escolha", comentou o presidente da AES Brasil.
Outra discussão em curso é sobre o contrato de fornecimento de gás natural para o projeto, em fase de negociação com a Petrobras. "Na última segunda-feira, inclusive, estivemos discutindo o tema com a diretora Graça", afirmo o executivo, em referência à diretora de Gás & Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster. Sem detalhar as conversas, Soares limitou-se a dizer que a AES Tietê espera obter condições competitivas no preço do gás para tornar viável a inclusão do empreendimento no leilão.
A presença no leilão do governo e, consequentemente, a venda da energia são peças fundamentais para viabilizar o investimento. Caso tenha sucesso nessa etapa, a AES Tietê prevê entrar com o pedido de obtenção da licença de instalação (LI) ainda em 2012, documento necessário para o início das obras.
A termelétrica a gás será construída no município paulista de Canas, e a empresa já tem feito na região apresentações do projeto à população. "A nossa expectativa é de que o processo de audiência pública aconteça em maio deste ano", afirmou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da geradora, Rinaldo Pecchio.