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Após acidente no Nepal, aeroporto investiga falha na comunicação

De acordo com o último balanço, 49 pessoas morreram e 22 ficaram feridas no acidente

Acidente no Nepal: a caixa-preta do avião já foi recuperada e que a verdadeira causa do acidente será descoberta após a investigação (Navesh Chitrakar/Reuters)

Acidente no Nepal: a caixa-preta do avião já foi recuperada e que a verdadeira causa do acidente será descoberta após a investigação (Navesh Chitrakar/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de março de 2018 às 13h48.

Última atualização em 12 de março de 2018 às 15h05.

Katmandu - O diretor-geral do Aeroporto Internacional Tribhuvan de Katmandu, Raj Kumar Chhetri, informou que uma investigação preliminar mostrou que houve uma confusão na comunicação entre a torre e os pilotos do avião US-Bangla que caiu nesta segunda-feira nesse aeroporto causando 49 mortes.

Chhetri disse em entrevista coletiva que a torre de controle pediu ao piloto que aterrissasse pelo lado sul do aeroporto, chamado tecnicamente "pista 20", mas o piloto insistiu em chegar pelo norte, pela "pista 02".

"Nossas primeiras averiguações mostram que o capitão disse que se sentia cômodo aterrissando pela 02, apesar de o controlador aéreo ter dito que não fizesse isso", afirmou o diretor.

"Isso levou ao choque depois que (o avião) derrapou fora da pista", acrescentou.

Cheetri indicou que a caixa-preta do avião já foi recuperada e que a verdadeira causa do acidente será descoberta após a investigação.

De acordo com o último balanço, 49 pessoas morreram e 22 ficaram feridas no acidente.

A companhia aérea bengali US-Bangla informou em Daca que suspeita que uma negligência da torre de controle do aeroporto de Katmandu ao enviar informações errôneas aos pilotos pode ser a causa do acidente.

"Não estamos fazendo nenhuma acusação, suspeitamos que pode ter havido negligência por parte do Nepal, da torre de Katmandu, ao dar informação errônea a nossos pilotos", disse em entrevista coletiva em Daca o diretor-executivo da companhia aérea, Imran Asif.

Este é o pior acidente aéreo nos últimos 25 anos no Nepal, país que sofreu reiteradas sanções internacionais pela falta de segurança das suas companhias aéreas.

A União Europeia veta desde 2013 o acesso ao seu território das companhias aéreas nepalesas, quando afirmou que a situação em matéria de segurança dessas empresas não deixava outra opção a não ser proibir suas operações.

Na última década, houve pelo menos dez acidentes com aéreos de aviões de menor porte no Nepal, com 125 mortos, muitos deles turistas que visitavam o montanhoso país encravado na cordilheira do Himalaia.

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