Publicado em 30 de março de 2025 às 12h53.
Última atualização em 30 de março de 2025 às 13h56.
Um ataque cibernético atingiu o aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia, no dia 23 de março, interrompendo serviços essenciais como painéis de voo, check-in e bagagens por mais de 10 horas. O episódio levou o governo malaio a recusar o pagamento de um resgate exigido por hackers, estimado em US$ 10 milhões.
A decisão foi anunciada pelo primeiro-ministro, Datuk Seri Anwar Ibrahim, que afirmou, em entrevista coletiva, que ceder à chantagem “poderia encorajar novos ataques” e ameaçar a segurança digital do país. As autoridades abriram uma investigação para apurar os responsáveis pela invasão e dimensionar os prejuízos operacionais e de dados.
O incidente mobilizou também a Malaysia Airports Holdings Berhad, operadora do terminal, que trabalha em cooperação com empresas parceiras para restabelecer os sistemas afetados. O diretor administrativo da empresa, Mohd Izani Ghani, informou que os voos seguiram operando, mesmo com atrasos e dificuldades nos processos internos. A recuperação total das plataformas ainda está em curso.
A Autoridade de Aviação Civil da Malásia, conhecida pela sigla CAAM, foi acionada logo após a falha. Técnicos da entidade participam da resposta ao ataque, que expôs brechas nos sistemas digitais do aeroporto e evidenciou a fragilidade da infraestrutura cibernética crítica do país.
A crise também reacendeu o debate sobre a necessidade de ampliar investimentos em cybersecurity, segurança digital, para proteger sistemas logísticos e operacionais essenciais em setores de transporte e infraestrutura.