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Advogados pedem absolvição de Berlusconi no caso Ruby

O ex-premiê italiano é acusado de abuso de poder e envolvimento com prostituição de menores de idade


	Ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi: seu advogado acusou a promotoria de "preconceito contra o acusado"
 (Remo Casilli/Reuters)

Ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi: seu advogado acusou a promotoria de "preconceito contra o acusado" (Remo Casilli/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 11h23.

Roma - Os advogados de Silvio Berlusconi pediram nesta segunda-feira a absolvição do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi - acusado de abuso de poder e envolvimento com prostituição de menores de idade - durante sua alegação final, na qual acusaram os juízes de estarem predispostos contra a defesa.

A promotoria de Milão solicitou na última audiência seis anos de prisão e a proibição perpétua de ocupar cargos públicos para Berlusconi.

Para a acusação, "não há dúvidas" de que a jovem marroquina Karima El Marough, conhecida como Ruby, "manteve relações sexuais com Berlusconi e obteve benefícios em troca" quando ainda não tinha completado 18 anos. Além disso, a promotoria acusa o ex-primeiro-ministro de abuso de poder por intervir em maio de 2010 para tirar Ruby da cadeia, acusada de furto.

Durante a audiência de hoje, um dos advogados de Berlusconi considerou o pedido de pena da acusação de "estratosférico" e acusou a promotoria de "preconceito contra o acusado".

O advogado pediu a absolvição total de Berlusconi pois os "fatos alegados não existem" no caso da prostituição de menores.

Sobre a acusação de abuso de poder o advogado considerou que "nem todas as ações realizadas por um funcionário público são ações contra a administração pública".

Com o pronunciamento de hoje dos advogados, o processo do caso Ruby se encaminha para o fim e pode representar uma nova dor de cabeça para o ex-primeiro-ministro, que no dia 8 de maio teve recurso negado por um tribunal de apelações de Milão contra a condenação de quatro anos de prisão e a proibição de ocupar cargos públicos por cinco anos por fraude fiscal no caso Mediaset. 

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