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Advogados de Trump enviam documentos para evitar depoimento

Equipe de Trump teme que o presidente fique vulnerável demais ao prestar depoimento, sobretudo pela tendência do magnata de fazer afirmações pouco precisas

Trump: "Por que a equipe de Mueller tem 13 democratas de linha dura, alguns deles grandes simpatizantes da Corrupta Hillary Clinton, e nenhum republicano? Há pouco tempo contratam outro democrata... Alguém acredita que isso é justo? E, no entanto, NÃO HOUVE CONLUIO" (Drew Angerer/Getty Images)

Trump: "Por que a equipe de Mueller tem 13 democratas de linha dura, alguns deles grandes simpatizantes da Corrupta Hillary Clinton, e nenhum republicano? Há pouco tempo contratam outro democrata... Alguém acredita que isso é justo? E, no entanto, NÃO HOUVE CONLUIO" (Drew Angerer/Getty Images)

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EFE

Publicado em 19 de março de 2018 às 20h53.

Washington - Os advogados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviaram nesta segunda-feira uma série de documentos ao promotor especial sobre o caso Rússia, Robert Mueller, para evitar que o republicano preste depoimento sobre o escândalo.

Segundo o jornal "The Washington Post", que cita duas fontes com conhecimento do caso, afirma que os documentos contêm descrições escritas que relatam momentos-chave sob investigação, com a esperança de reduzir a possibilidade de um depoimento de Trump.

Conforme as mesmas fontes, a equipe de Trump teme que o presidente fique vulnerável demais ao prestar depoimento, sobretudo pela tendência do magnata de fazer afirmações pouco precisas.

A decisão de compartilhar documentos com a equipe de Muller é parte dos esforços dos advogados de Trump para minimizar as tensões após o presidente tê-lo atacado duramente no Twitter.

Como parte da investigação sobre a interferência da Rússia nas eleições de 2016, Mueller apura se a campanha de Trump coordenou ações com o Kremlin e se o presidente obstruiu a Justiça ao realizar várias demissões, uma delas a do ex-diretor do FBI James Comey.

Na última sexta-feira, o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, demitiu o ex-diretor-adjunto do FBI Andrew McCabe, que se aposentadoria dois dias depois, após semanas de pressão por parte do presidente para afastá-lo do órgão.

Em comunicado, McCabe disse que a demissão ocorreu por sua atuação no caso Rússia e devido aos fatos que presenciou depois da fulminante demissão de Comey.

Ao longo do fim de semana, Trump atacou a equipe liderada por Mueller. Na sexta-feira, o advogado pessoal do presidente, John Dowd, pediu o fim da investigação ao afirmar que ela foi "fabricada" por motivos políticos pelos ex-dirigentes do FBI.

"Por que a equipe de Mueller tem 13 democratas de linha dura, alguns deles grandes simpatizantes da Corrupta Hillary Clinton, e nenhum republicano? Há pouco tempo contratam outro democrata... Alguém acredita que isso é justo? E, no entanto, NÃO HOUVE CONLUIO", escreveu Trump no Twitter.

O presidente omitiu que o próprio Mueller é republicano, sendo nomeado em 2001 como diretor do FBI pelo ex-presidente George W. Bush, do mesmo partido.

"A investigação de Mueller nunca deveria ter começado porque não houve conluio e não houve crime. Se baseou em atividades fraudulentas e em um falso dossiê financiando pela Corrupta Hillary", escreveu o presidente na rede social no sábado.

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