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Advogado de Snowden pede a Trump que EUA deixem de persegui-lo

"Temos grandes esperanças que o novo presidente dos Estados Unidos afronte esta questão de maneira sensata", disse o advogado

Edward Snowden: com atitude, Trump "aumentaria ainda mais sua autoridade" (Getty Images)

Edward Snowden: com atitude, Trump "aumentaria ainda mais sua autoridade" (Getty Images)

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EFE

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 11h55.

Moscou - O advogado do ex-analista da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden pediu nesta terça-feira ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que suspenda a perseguição judicial de seu cliente.

"Temos grandes esperanças que o novo presidente dos Estados Unidos afronte esta questão de maneira sensata e tome a única decisão correta: acabar com a perseguição de Snowden, um homem que ama e sente saudades dos Estados Unidos", disse o advogado Anatoli Kucherena a veículos de imprensa locais.

Kucherena, representante legal de Snowden desde que recebeu asilo na Rússia em 2013, afirmou que nesse caso Trump "aumentaria ainda mais sua autoridade", já que com seu antecessor, Barack Obama, "este caso sempre esteve no plano político".

Além disso, negou que a Rússia tenha recebido algum pedido de extradição de Snowden -reclamado pela Justiça dos EUA por pôr em perigo a segurança nacional ao roubar e desclassificar informação secreta- em relação com a chegada de Trump à Casa Branca.

Recentemente, o ex-sub-diretor da CIA Michael Morell afirmou em artigo que o presidente russo, Vladimir Putin, podia dar um "perfeito presente de posse" a Trump: a extradição de Edward Snowden.

Morell disse que a entrega de Snowden permitiria a Putin entabular boas relações pessoais com Trump, ao mesmo tempo que melhoraria a imagem da Rússia no mundo, proposta que foi rejeitada imediatamente pela Chancelaria russa.

Kucherena mantém que Snowden contribuiu com suas denúncias à vitória de Trump nas eleições presidenciais ao denunciar que "o governo americano viola gravemente os direitos humanos e está envolvido em atividades ilegais".

As denúncias de Snowden que os serviços de inteligência espionavam não só seus próprios cidadãos, mas líderes estrangeiros, incluído de países aliados, "diminuiu pontos" dos democratas, precisou.

Snowden criticou durante a campanha eleitoral a candidata democrata, Hillary Clinton, por violar as regras no manejo de informação classificada, em alusão ao uso de seu e-mail privado quando exercia o cargo de secretária de Estado.

Em meados de janeiro, a Rússia prorrogou por três anos a permissão de residência a Snowden, por isso que a partir de 2020 poderia ter direito a solicitar a cidadania russa, segundo explicou hoje Kucherena.

"Hoje em dia, ele vive na Rússia e respeita as leis. Dedica muito tempo a atividades relacionadas com a sociedade civil e os direitos humanos", disse e acrescentou que seu cliente oferece conferências com países ocidentais, já que "para Snowden não há fronteiras".

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