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Advogado de Nelson Mandela defenderá opositor venezuelano

O advogado Irwin Cotler, que defendeu o líder sul-africano Nelson Mandela, se incorporará à defesa de Leopoldo López, segundo partido


	O opositor venezuelano Leopoldo López: López está preso há quase um ano
 (Juan Barreto/AFP/AFP)

O opositor venezuelano Leopoldo López: López está preso há quase um ano (Juan Barreto/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 22h41.

Caracas - O partido Vontade Popular (VP), liderado pelo opositor venezuelano Leopoldo López, preso há quase um ano, informou nesta quinta-feira que o reconhecido advogado canadense Irwin Cotler, que defendeu o líder sul-africano Nelson Mandela, se incorporará à defesa do político.

A informação foi oferecida pelo VP através de um comunicado no qual se cita o coordenador político do partido, Carlos Vecchio, que antecipou que Cotler viajará "em breve" a Caracas para "constatar pessoalmente a situação" na qual se encontra López, preso em uma prisão militar nos arredores da capital venezuelana.

"Nos próximos dias Cotler oficializará a data na qual visitará Caracas para somar-se ativamente ao caso de Leopoldo López", afirma o comunicado do VP.

Além disso, o partido indica que o anúncio sobre a participação do advogado canadense foi confirmada pelo próprio Cotler durante uma reunião de trabalho com Vecchio no Canadá, embora a data do encontro não tenha sido informada.

Nessa reunião, segundo o comunicado, foram afinados os detalhes do que será a participação "ad honorem" de Cotler na equipe legal de López.

Cotler é um parlamentar canadense, ex-ministro da Justiça e ex-procurador de seu país. É especialista em direito internacional e advogado internacional de direitos humanos.

López está acusado pelos delitos de instigação pública, formação de quadrilha, danos à propriedade e incêndio pelos incidentes violentos que ocorreram ao término de uma manifestação no dia 12 de fevereiro do ano passado.

Nesse dia se iniciou uma onda de protestos no país que se estendeu por quatro meses e que deixou um balanço oficial de 43 mortos e centenas de feridos.

O processo de julgamento, que começou no último dia 23 de julho, foi questionado pela equipe legal encarregada da defesa de López, que denunciou "grotescos vícios processuais".

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