Mundo

Advogado de Mubarak nega sua morte clínica

A agência de notícias estatal egípcia Mena informou ontem à noite, citando fontes médicas, que Mubarak estava clinicamente morto. Advogado contradiz essa afirmação

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak é retirado de maca do tribunal após o seu julgamento no Cairo, Egito (Reuters)

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak é retirado de maca do tribunal após o seu julgamento no Cairo, Egito (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 14h11.

Cairo - O advogado do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, Farid el Dib, disse nesta quarta-feira à Agência Efe que o estado de saúde do ex-mandatário melhorou, depois de ter sido intensificado seu tratamento ontem à noite, negando assim a sua morte clínica.

"O tratamento teve êxito", explicou Dib, depois da piora do quadro de Mubarak, de 84 anos, que, segundo o advogado, sofreu ontem uma trombose cerebral e um ataque cardíaco.

Dib não quis especificar se o ex-chefe de Estado se encontra atualmente consciente ou inconsciente.

Durante as últimas horas, circularam notícias contraditórias sobre o estado de saúde do ex-presidente, que ontem foi levado do hospital da prisão de Tora, onde cumpre a condenação de prisão perpétua por sua cumplicidade na morte de manifestantes, a um centro médico militar no bairro de Maadi, também no Cairo.

A agência de notícias estatal egípcia Mena informou ontem à noite, citando fontes médicas, que Mubarak estava clinicamente morto.

Segundo essas fontes, o coração do ex-presidente parou depois de terem fracassado os esforços para reanimá-lo.

O correspondente da televisão estatal egípcia no hospital militar de Maadi assegurou hoje que Mubarak segue vivo, embora seu estado seja grave.

Mubarak foi encarcerado em Tora em 2 de junho, após ser condenado à prisão perpétua por sua cumplicidade na morte de manifestantes durante as revoltas que levaram a sua renúncia, em fevereiro de 2011.

Desde seu ingresso na prisão, a saúde de Mubarak começou a deteriorar-se, e durante seus 17 dias em Tora teve de ser atendido de emergência em várias ocasiões.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDitaduraDoençasEgitoHosni MubarakPolíticos

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia