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Advogado ataca polícia por vídeo do prefeito de Toronto

Chefe de polícia foi acusado de agir como "juiz, júri e algoz" depois de informar que obteve uma cópia do vídeo em que o prefeito apareceria fumando crack

Rob Ford, prefeito de Toronto, após responder perguntas da polícia por suposto vídeo onde aparece fumando crack (Mark Blinch/Reuters)

Rob Ford, prefeito de Toronto, após responder perguntas da polícia por suposto vídeo onde aparece fumando crack (Mark Blinch/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2013 às 12h55.

O chefe de polícia de Toronto, no Canadá, Bill Blair, foi acusado de agir como "juiz, júri e algoz" por Dennis Morris, advogado do prefeito da cidade, Rob Ford, depois de a polícia informar que obteve uma cópia do vídeo em que o prefeito apareceria fumando crack. Segundo a polícia, o vídeo foi recuperado do disco rígido de um computador durante investigação de uma pessoa suspeita de fornecer drogas ao prefeito.

"O chefe de polícia disse que não existem evidências para acusar o prefeito criminalmente em referência a esse vídeo, então pra que isso?" criticou Morris. "Ele (o chefe de polícia) não foi eleito por um Colégio de Cardeais e não deveria estar agindo como pontífice", acrescentou.

Ford assumiu o cargo de prefeito há três anos, em meio a uma onda de descontentamento nos subúrbios da cidade. Desde então ele sobreviveu a uma tentativa de removê-lo do posto por acusações de conflitos de interesse e frequentemente aparece no noticiário por comportamentos cada vez mais criticados.

As acusações de que Ford teria sido filmado fumando crack surgiram pela primeira vez em maio. Dois repórteres do jornal Toronto Star e um do site norte-americano Gawker afirmaram que eles assistiram ao vídeo, mas não obtiveram uma cópia. Na época Ford negou que fume crack e disse que o vídeo não existia.

Morris pediu que a polícia divulgue o vídeo, argumentando que provavelmente ele vai mostrar o prefeito fumando alguma outra coisa. "Vamos vê-lo", disse o advogado. "Existem muitas insinuações", acrescentou.

O porta-voz da polícia, Mark Pugash, afirmou que o vídeo não pode ser divulgado porque agora ele é uma evidência para os tribunais. Segundo Pugash, um juiz decidirá se e quando o vídeo poderá ser divulgado. 

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