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Adolescente vítima de bullying se suicida nos EUA

Antes de tirar sua própria vida, a adolescente de 13 anos deixou um bilhete no qual dizia ser "feia e perdedora"

Bullying: segundo os pais, a adolescente sofria bullying nas redes sociais e na escola (AntonioGuillem/Thinkstock)

Bullying: segundo os pais, a adolescente sofria bullying nas redes sociais e na escola (AntonioGuillem/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 12h14.

Última atualização em 5 de dezembro de 2017 às 12h37.

Vítima de abusos e bullying em sua escola na Califórnia, a adolescente Rosalie Ávila, 13 anos, tirou a própria vida: "sou feia e perdedora", escreveu, em um bilhete encontrado por seus pais depois da tragédia.

Rosalie tentou se matar na terça-feira passada e, na sexta, teve sua morte cerebral declarada. Foi mantida conectada até ontem para que seus órgãos fossem doados, informou a imprensa local.

"Minha filha foi vítima de bullying", escreveu sua mãe em um site para arrecadar fundos para pagar o funeral e os gastos médicos.

"Era uma pessoa bonita por dentro e fora, era uma grande artista, muito adorável e amada", continuou.

Estudante do oitavo ano em uma escola pública em Calimesa (114 km ao leste de Los Angeles), Rosalie se enforcou em seu quarto depois de deixar uma bilhete de despedida para os pais: "me desculpem, pai e mãe. Eu amo vocês".

"Desculpe mãe, que você vá me encontrar assim", leu seu pai, Freddie Ávila, citado pelo site CBS.

Os pais contaram que a jovem, que sonhava com ser advogada, era agredida em redes sociais, além da escola: nesse dia, antes de tentar se matar, já havia sido alvo de piadas por causa do aparelho nos dentes.

"Guardou isso para si", desabafou o pai, na entrevista à NBC, acrescentando que "por dentro, ela ficava aos pedaços por sempre implicarem com ela".

Ao todo, 5.900 menores e jovens, entre 10 e 24 anos, tiraram a própria vida nos Estados Unidos em 2015, segundo números oficiais.

Em nota, o distrito educacional de Yucaipa-Calimesa, ao qual pertencia a escola de Ensino Médio de Ávila, lamentou a morte de sua estudante. Vigílias também foram realizadas.

"Estamos comprometidos com manter uma cultura positiva e inclusiva que permita aos nossos estudantes crescer acadêmica e socialmente", acrescentou o texto.

Uma investigação está aberta para determinar se houve "bullying" na escola.

O site governamental "Stop Bullying" indica que 28% dos estudantes nos Estados Unidos sofrem esse tipo de abuso entre o sexto e 11º ano, e 9%, agressão pelas redes sociais.

Em setembro, um adolescente matou um colega e feriu outros três em sua escola no estado de Washington, em mais um caso de "bullying".

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