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Adiar Rio 2016 traria falsa segurança, diz membro da OMS

"O problema não é a Olimpíada, o problema são as outras viagens além da Olimpíada, caso haja um problema", disse o chefe do comitê de emergência da OMS

Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika vírus (Luis Robayo/AFP)

Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika vírus (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2016 às 14h08.

Genebra - Adiar a Olimpíada do Rio de Janeiro por conta de medo de que o evento possa acelerar a disseminação do Zika vírus iria dar uma "falsa" sensação de segurança, já que turistas estão constantemente entrando e saindo do Brasil, disse o chefe do comitê de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Extensas viagens no mundo globalizado é a questão, e não os Jogos Rio 2016, que têm início em 5 de agosto, disse David Heymann, chefe da Agência de Proteção da Saúde na Grã-Bretanha e que também chefia o painel independente de especialistas da OMS sobre o Zika.

"O problema não é a Olimpíada, o problema são as outras viagens além da Olimpíada, caso haja um problema", disse Heymann à Reuters em entrevista por telefone de Londres nesta segunda-feira.

"Pessoas entram e saem do Brasil todo o tempo para férias, negócios, para tudo. E para a Olimpíada são menos viagens, seria uma viagem só. Acontece nos meses de inverno, quando, esperamos, a transmissão (do vírus) seja menor."

"Então é somente uma falsa segurança dizer que irão adiar a Olimpíada e adiar a globalização desta doença", disse.

Mais de 100 especialistas médicos, acadêmicos e cientistas pediram na sexta-feira pelo adiamento ou transferência dos Jogos Rio 2016 por temores de que o evento possa acelerar a transmissão do Zika vírus pelo mundo.

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