O presidente croata, Ivo Josipivic, já assinou a adesão do país na UE (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 13h58.
Zagreb, Croácia - A adesão da Croácia à União Europeia deixou a população do país cautelosa nesta sexta-feira diante das dúvidas em relação à crise que sacode toda a Eurozona, mas sondagens indicam que a maioria aprova a participação.
"Apesar de estarmos preocupados com a imprevisibilidade da situação, não temos outra alternativa", disse à AFP Nevenka Maric, de 36 anos. "A Croácia é economicamente dependente da UE e por isso precisa aderir a esse clube. Teremos benefícios como na educação por exemplo", disse à AFP a tradutora Nevenka Maric, de 36 años.
Autoridades croatas firmaram nesta sexta-feira o tratado que lhe permitirá converter-se no 28º Estado da UE, possivelmente em julho de 2013, já que esse documento deverá ser aprovado pelo país através de um referendo e posteriormente ratificado pelos outros 27 integrantes do bloco.
A primeira-ministra, prestes a deixar o cargo, Jadranka Kosor, e o presidente Ivo Josipivic já assinaram o tratado.
Depois da integração da Eslovênia em 2004, a Croácia é a segunda das seis ex-repúblicas iugoslavas a aderir à UE.
De qualquer forma, a adesão possui também uma importância histórica para a ex-república iugoslava, já que ocorre 20 anos depois da proclamação da independência da Croácia, após uma guerra de quatro anos (1991-1995) contra rebeldes sérvios sustentados por Belgrado.
As últimas sondagens indicam que aproximadamente 60% dos croatas aprovam a integração europeia.
"As pessoas simplesmente não sabem o que as espera. Seria preciso um aprofundamento na questão antes de dar uma opinião" no referendo, previsto para o início de 2012, disse Tanja Zemljic, uma agente comercial de 41 anos.